Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

TRE-RJ

Prefeitura reassume terreno de obra cancelada

Na sessão desta quarta-feira (20), o plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro homologou a devolução ao município do terreno da prefeitura na Cidade Nova, onde seria construída a nova sede da corte, cancelada em março por unanimidade por superfaturamento, falta de projeto básico, licença do patrimônio histórico, fraude em licitação e dano potencial ao vizinho e bicentenário Hospital Escola São Francisco de Assis, entre outras ilegalidades. O termo de distrato foi acertado pelo vice-presidente do TRE-RJ, desembargador Edson de Vasconcelos, em encontro com o prefeito Eduardo Paes na tarde de ontem, após cinco meses de negociações em que, segundo o presidente Bernardo Garcez, a prefeitura fez exigências "inviáveis" para receber de volta o lote, cedido pelo município ao tribunal em 2011.

De acordo com o termo assinado, a prefeitura "aceita a devolução do bem no estado em que se encontra, assumindo todas as despesas, taxas e custos incidentes sobre o imóvel", que hoje exibe uma "cratera" de 1,6 mil m2 em área de mangue no Centro do Rio. Ou seja, a União não terá qualquer despesa com a devolução. Em julho, decisão da 8ª Vara Federal determinou que a construtora Lopez Marinho, responsável pela obra cancelada - que consumiu até agora R$12 milhões dos cofres públicos e é questionada também em processo administrativo no Conselho Nacional de Justiça -, executasse "a concretagem remanescente da laje radier (fundação superficial) às suas próprias expensas", diante dos "riscos iminentes" de "ruptura da estrutura já executada, bem como de inundação do local", e também ordenou a inclusão do município como réu.

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