Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

O diabo e o Bom Deus

O INFERNO SOMOS NÓS

O bom do filósofo Sartre está em que muitos de seus escritos são facilitados por sua obra literária, de compreensão mais acessível. Seus romances e peças teatrais nos questionam e fazem pensar, mesmo que seja para discordar de algumas de suas propostas. Uma das mais famosas é a de que "o inferno são os outros".
Realmente, ainda hoje somos propensos a colocar a culpa de nossas mazelas sempre em algo externo, desde governo, chefes, parentes, pais e irmãos, passando por amigos, gatos e cachorros ou o pobre mortal da esquina pedindo esmola e incomodando o nosso dia.
Para nós que perdemos tempo projetando o governo Bolsonaro, como se fosse durar eternamente mais do que os 4 anos previstos em lei, achando que representará a própria ação do Messais transformando o Brasil para melhor, ou então o aprofundamento do vale de lágrimas em que nos metemos, "O diabo e o Bom Deus"
,de Sartre, cai como uma luva.
Ao contrário do Palhaço deputado que prega que "pior que está não vai ficar", a obra do filósofo existencialista, no estilo da lei de Murphy, demonstra que o ruim pode sim tornar-se péssimo. Não vai aqui qualquer alusão ao futuro governo federal ou dos eleitos no estado. Felizmente, muito do que acontece a maioria de nós é fruto mesmo de nossas ações e nesse caso, o inferno deixa de ser os outros para ser nós próprios. 

Traduzido de inglês-O Diabo e o Bom Deus é uma peça de 1951 do filósofo francês Jean-Paul Sartre. A peça diz respeito às escolhas morais de seus personagens, o senhor da guerra Goetz, o clero Heinrich, o líder comunista Nasti e outros durante a Guerra dos Camponeses Alemães.Wikipedia (inglês) - Mauricio Figueiredo

domingo, 9 de dezembro de 2018

HORA DO ALMOÇO

NEM BOLSONARO
E NEM NINGUÉM

É claro que não devemos desconhecer os acontecimentos ao nosso redor. Das implicações que novos governantes trazem às nossas vidas.
É claro que devemos participar do mundo político, de acordo com nossas possibilidades, vocações e da forma que julguemos mais eficiente.
Contudo, há um governo cuja ação depende apenas de nós. Somos o rei ou rainha desse pedaço. Trata-se de nossa própria vida. Do nosso próprio umbigo que limpamos quando bem quisermos e se quisermos.
Muita energia perdemos tentando agir no mundo exterior. Nos perdemos em discussões inúteis, que que, muitas vezes, elas nos acrescente algo ou que também contribua de alguma forma para nossos interlocutores.
Mas, a nossa saúde? Realmente estamos realizando um bom governo nessa área? Aqueles 10 kilos ou mais que precisamos ganhar ou eliminar, de que forma estamos agindo eficazmente em relação a isso, que tanto nos afeta, e, se descuidarmos poderá nos levar mais cedo para o buraco.
E a nossa educação? Quanto tempo gastamos apenas com simples entretenimento que apenas nos divertem mas pouco acrescentam em termo de conhecimento e melhoria de nossa capacitação profissional?
E o nosso Ministério do Lazer e Turismo? Será que estão fundidos com o do trabalho largado sempre para um segundo momento que nunca surge?
Muita coisa realmente podemos fazer por nós e até mesmo pelos que nos são mais próximos e queridos, mas, por vezes, acabamos nos omitindo por preguiça ou mesmo pela perda de tempo com questões menos importantes.
O poeta baiano Gregório de Matos disse de maneira exemplar, referindo-se à cidade de Salvador: "Quem são vocês que querem governar o mundo e não sabem governar suas cozinhas?"
2019 - deixar os políticos e a politicagem tradicional um pouco de lado e investirmos em nossas próprias vidas, pois "senão chega a morte ou coisa parecida e nos leva moço sem ter visto a vida", já dizia o poeta Belchior. (Mauricio Figueiredo)