O INFERNO SOMOS NÓS
O bom do filósofo Sartre está em que muitos de seus escritos são facilitados por sua obra literária, de compreensão mais acessível. Seus romances e peças teatrais nos questionam e fazem pensar, mesmo que seja para discordar de algumas de suas propostas. Uma das mais famosas é a de que "o inferno são os outros".
Realmente, ainda hoje somos propensos a colocar a culpa de nossas mazelas sempre em algo externo, desde governo, chefes, parentes, pais e irmãos, passando por amigos, gatos e cachorros ou o pobre mortal da esquina pedindo esmola e incomodando o nosso dia.
Para nós que perdemos tempo projetando o governo Bolsonaro, como se fosse durar eternamente mais do que os 4 anos previstos em lei, achando que representará a própria ação do Messais transformando o Brasil para melhor, ou então o aprofundamento do vale de lágrimas em que nos metemos, "O diabo e o Bom Deus"
,de Sartre, cai como uma luva.
Ao contrário do Palhaço deputado que prega que "pior que está não vai ficar", a obra do filósofo existencialista, no estilo da lei de Murphy, demonstra que o ruim pode sim tornar-se péssimo. Não vai aqui qualquer alusão ao futuro governo federal ou dos eleitos no estado. Felizmente, muito do que acontece a maioria de nós é fruto mesmo de nossas ações e nesse caso, o inferno deixa de ser os outros para ser nós próprios.
Traduzido de inglês-O Diabo e o Bom Deus é uma peça de 1951 do filósofo francês Jean-Paul Sartre. A peça diz respeito às escolhas morais de seus personagens, o senhor da guerra Goetz, o clero Heinrich, o líder comunista Nasti e outros durante a Guerra dos Camponeses Alemães.Wikipedia (inglês) - Mauricio Figueiredo
Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
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