Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Inclusão socioeducativa

Grupo Tecendo Contos do Colégio Leopoldina da Silveira         Fotos: Cris Torres/Seeduc-RJ
Escola da Zona Oeste promove evento

O Colégio Estadual Leopoldina da Silveira, em Bangu, se antecipou ao debates sobre a Semana da Deficiência, que acontece entre os dias 21 e 28 de agosto. O objetivo é sensibilizar os estudantes em relação ao respeito às diferenças. Uma programação especial foi desenvolvida para alunos com necessidades especiais, como parte do projeto “Tecendo contos”.

A última quarta-feira (06/08) foi movimentada no colégio da Zona Oeste. Durante a manhã, foi promovido um encontro de jovens com necessidades especiais de colégios da região que também possuem projetos de inclusão socioeducativas. Estudantes com deficiência visual da 1ª série do Ensino Médio do Colégio Estadual Albert Sabin, em Campo Grande, abriram a programação com uma apresentação musical. Marcio da Costa, de 16 anos, tocou bongô e cajón, enquanto Jeanderson Raposo, de 20, preparou um acústico com voz e violão.
Alunos Janderson e Márcio, do Colégio Albert Sabin                
- A vida nos derruba, mas o poder de levantar está em nossas mãos – disse Jeanderson durante a apresentação.

A professora do Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado (Napes), Vânia Ismael, falou sobre o intercâmbio de jovens com necessidades especiais promovido no projeto.

- Muitos dos que estiveram aqui já haviam se comunicado pelas redes sociais, mas só hoje tiveram a oportunidade de se conhecer pessoalmente – comentou.

A docente afirmou, ainda, que a programação desta quarta-feira foi apenas a primeira de muitas outras ações que acontecerão em função da Semana da Deficiência.

Professoras Valéria Gonçalves e Vera Lúcia                              

Criadora do teatro de bonecos “A vida do Buda” e uma das organizadoras do evento, a animadora cultural, Valéria Gonçalves, que se tornou contadora de história após participar de uma oficina no município, manifestou seu objetivo com a apresentação teatral.

- Minha intenção foi incentivar os alunos a participarem de uma futura oficina na escola – destacou.

A deficiente visual, Carolina Reis, de 19 anos, aluna da 3ª série do Ensino Médio, falou sobre o teatro de bonecos.

- A maneira como contaram a história me chamou atenção, pois dava para imaginar e entender tudo muito bem – observou.

O detalhamento de espaços e personagens, os sons e o ritmo da voz deram asas à imaginação do jovem Jeferson de Souza.

- Eu achei a peça bem explicativa. Mesmo sem poder enxergar, dava para ter noção do tempo, do cenário e todos os detalhes que têm um conto – concluiu o aluno da 3ª série do Ensino Médio.

Alunos do Colégio Estadual Albert Sabin, em Campo Grande



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