Fotos: Marcia Costa / Seeduc – RJ. |
Projeto “Graffiti pelo Fim da Violência Doméstica”
Alunos participam de reflexões sobre a Lei Maria da Penha
Depois
de levar a oficina “Graffiti pelo fim da violência doméstica” para 34
escolas da rede estadual e discutir com os alunos sobre direitos da
mulher e a Lei Maria da Penha, a Rede NAMI Feminista de Arte Urbana
encerrou na quinta-feira (07/08) o projeto que ilustrou muros de
colégios com mensagens para reflexão sobre o tema.
A
cerimônia de encerramento ocorreu na Rua do Lavradio, em frente à
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher. No local, foi grafitado
um grande mural para registrar a importância de combate e enfrentamento
das situações de violência doméstica, bem como fortalecer as redes de
proteção à mulher.
Para
a presidente da Rede Nami, Panmela Castro, a ideia é combater a
violência doméstica e familiar, repensando a posição da mulher na
sociedade, ainda dentro da escola.
-
A gente buscou entender o que os jovens pensam sobre a violência
doméstica e explicar como funciona a Lei Maria da Penha. Eu fui vítima
de violência e, na época, não tinha esta Lei. Hoje, os adolescentes já
tem esse conhecimento dentro da escola, podendo levar para outras
pessoas. -, disse.
Ao
todo, foram grafitados cerca de 650 metros de muros pelos colégios
estaduais. Todas as pinturas foram fotografadas e publicadas na fanpage
do projeto e, por votação online, o desenho vencedor foi feito pelos
alunos do Colégio Estadual Ignácio Azevedo do Amaral, localizado na Zona
Sul do Rio.
Estudantes Júlia Lage e Gabriela Ribas |
A
aluna do 2º ano do CE Ignácio Azevedo do Amaral, Júlia Lage, de 16
anos, explica que a oficina foi fundamental na unidade escolar.
-
No nosso colégio, as mulheres são maioria, mas nem todas têm noção de
como agir nesses casos. Essa oficina serve para alertar. -, comentou.
Para
a assessora da Diretoria de Integração Educacional da Seeduc, Sueli
Ramos, o projeto vai além da luta contra a violência doméstica.
-
Essa é uma oportunidade de refletir sobre os direitos humanos como um
todo e a escola é o ambiente ideal para essa reflexão. -, destacou.
A oficina
Dividida
em etapas e acompanhada, em todos os momentos, por psicólogo ou
assistente social, a oficina é iniciada com a apresentação da Lei Maria
da Penha aos alunos. Em seguida, são levantados questionamentos para
debate. Após as discussões e reflexões, os estudantes passam a conhecer o
universo do grafite, registrando, no muro da escola, desenhos e
mensagens de combate à violência doméstica e de respeito entre homens e
mulheres.
A Rede NAMI
A
organização foi criada a partir do projeto “Grafiteira dos amanhã” que
realizou oficinas de grafite na Baixada Fluminense para promover a Lei
Maria da Penha e a igualdade de direitos entre homens e mulheres. A
partir da execução do projeto, pela organização de direitos humanos
“Comcausa”, em 2008, o grupo de artistas grafiteiras se interessou cada
vez mais pelo ativismo social lançando, finalmente, em 2010, o grupo
chamado Rede NAMI.
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