Ideias inovadoras marcaram gestão de Joel Rufino
Apenas sete meses à frente da Diretoria-Geral de Comunicação e Difusão do Conhecimento (DGCOM) foram suficientes para que o historiador e professor Joel Rufino dos Santos deixasse sua marca na história do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). Inovador, o carioca de 73 anos, criou projetos e promoveu eventos de grande repercussão, como o “Desenforcamento do Tiradentes”, o “Conte Algo que não Sei” e “A Justiça é o Charme”.
Considerado uma das maiores manifestações culturais da cidade, o Baile Charme foi realizado no último dia 29 de setembro, em frente ao TJ. O evento, com ambiente familiar, atraiu cerca de mil pessoas e foi considerado um sucesso. Em artigo divulgado à época, o professor Joel Rufino explicava a ideia de trazer uma edição do baile para o centro da cidade. “São bailes democráticos e belíssimos, dançam jovens que estudam, jovens que não estudam, jovens desempregados, jovens em situação de risco, acompanhados pelos pais, solteiros, deficientes, pretos, magros, gordos, uns que cresceram de menos, outros que cresceram de mais. (...) As festas são belas, amistosas, fraternas. Exploram até o infinito os recursos da black-music mundial, num processo que se inventa e reinventa a cada encontro”.
Outro evento de grande destaque idealizado por Joel Rufino foi o “Desenforcamento de Tiradentes: Justiça ainda que tardia”, em abril deste ano. A peça, que promoveu um júri popular, no qual Joaquim José da Silva Xavier era réu, teve ingressos esgotados em meia hora e atraiu rádios, jornais, TVs e portais na internet. Sucesso de público e crítica, a teatralização do julgamento foi elogiada por nomes como o ator Paulo Betti e a representante da ONU, Margarida Pressburger. “Nós queremos propor uma reflexão sobre temas que eram discutidos na época e trazê-los para os dias atuais: liberdade, justiça, dominação estrangeira, abuso fiscal”, avaliou Rufino, na ocasião do espetáculo.
O “Conte Algo que não sei”, inspirado na coluna do jornal O Globo, teve sua primeira edição em julho. O objetivo é convidar a sociedade civil ao debate de temas importantes. “Sem meias palavras, é dar espaço à população. A Justiça vai ouvir pessoas em geral não visíveis que vivem em seu dia a dia situações difíceis, ou que têm conhecimento específico como cientistas, escritores, pesquisadores, artistas. Aqui, essas pessoas poderão se manifestar e trazer reflexões para diversas questões que podem ajudar a Justiça a ampliar seus conhecimentos. Elas deixarão de ser anônimas aos olhos da sociedade”, explicou Rufino.
O professor Joel Rufino teve uma passagem anterior pelo TJRJ, quando trabalhou na gestão do desembargador Marcus Faver
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