Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quarta-feira, 22 de junho de 2016

OUTRA VEZ, DE NOVO - * Carlos Ney


Eu tinha como certeza mais do que certa que, para não ficar me repetindo, não falaria mais da legitimidade do Temer. Mas, mesmo sem nada que possa ser usado para dourar o remendado discurso, os caras que querem o retorno do pior governo já visto por esta república, insistem no lenga-lenga. O "Fora Temer" continua reunindo as multidinhas engrossadas pelos ditos movimentos sociais (sem-tetos que continuam, apesar da opulência conquistada pela década de governança petista, tão sem-tetos como sempre estiveram e os sem-terras, idem). Fossem enfileirados na Transamazônica, os desempregados pelo governo dos trabalhadores, daria para cobrir o percurso de ponta a ponta. Porque, desempregado o chefe, ou a chefe de família, famintos ficaram seus dependentes. Pena que eles, tendo a via crucis de todas as manhãs de busca desesperada por emprego, não possam ir para as ruas e assim serem notados pela militância. Assim como o caos que resultou dos governos deles, eles esqueceram de assumir a compra da Refinaria de Pasadena, a implosão da Petrobras, o dinheiro corrupto que tornou partido em governo, além do fato de que o Temer é deles. E mesmo não sendo nosso - se dependesse dos nossos votos, continuaria advogando ou ministrando aulas de Direito Constitucional - o Temer ocupou um espaço vazio. Não existia presidente. Existia uma militante fazendo política para si e seus parceiros. Hoje, o Brasil tem governo. Possui uma equipe econômica de alto nível, com propostas claras. Reúne em seu ministério figuras relevantes do parlamento (alguns citados e investigados, como quase todos os demais parlamentares). Fazer o quê? Todos com a mesma representatividade (votos) da presidente "deposta" e de seu vice "imposto". Aos trancos e barrancos, acendendo velas para Deus e o diabo, o Temer avança. É o que temos. Em 2018, com a quase totalidade dos "salvadores da pátria" presos, teremos oportunidade de fazer nossa escolha. E queira Deus que, para o nosso próprio bem, a gente tenha aprendido a não brincar mais de escolher presidente.

* Carlos Ney é escritor e jornalista

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