Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

terça-feira, 21 de junho de 2016

MANGALÔ 3 VEZES - * Carlos Ney



Sorte e azar são abstracionismos, segundo os eruditos do pensamento humano. Pode até ser. Mas que o Lula está vivendo uma maré de azar, ele está. Para qualquer proletário, um triplex na beira da praia em Guarujá e um sítio na região serrana de Atibaia, seriam sonhos paulistas que só muita sorte realizaria. Para Lula, ao contrário, é um tremendo azar, uma vez que, apesar dele jurar que não são dele, as propriedades poderão definir um futuro sombrio. Segundo um "prefeito-poeta", equivaleriam, no Rio, quando muito, a um puxadinho na Rocinha e um muquifo em Maricá. Pouco para quem se acostumou a morar em palácio. Um pastor, outro poeta, teria dito a um fiel infiel, depois de flagrá-lo abraçadinho a uma mulher, que não era sua esposa, mais feia que conta vencida: se é pra pecar, peque direito! Mas, se você é dos que acha que o azar dele só começou agora, permita lembrar de um fato: quando se tornou o pai da Copa do Mundo, no Brasil, Lula vislumbrava-se eternizado em estátua de corpo inteiro, na entrada do Maracanã. Sacanagem dos alemães, metendo aqueles sete roliços salsichões. Mas Lula tinha uma carta escondida na manga de seu paletó Armani: as Olimpíadas no RJ. Ele podia até ouvir o coro de Lula lá, puxado pelo parceiro de copo, o Cabral, entoado por setenta mil vozes. Aí vem o Dornelles, que não é por acaso que é tio do Aécio Neves, e joga a caca no ventilador. Ventilador, nada; turbina de jato, isso sim. Pera aí, companheiro, não fala em jato, que essa palavra dá o maior azar.

*Carlos Ney é jornalista e escritor

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