Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

segunda-feira, 27 de junho de 2016

O FILHO DA NATASHA



Na antiga Rússia, no tempo dos czares, vítima de um enorme atraso, com milhões de analfabetos, miseráveis e com a roubalheira comendo solta, antes da Revolução de Outubro, um rico senhor de terras tinha em sua filha única Natasha a sua joia mais que perfeita.
Certa vez, a moça na faixa dos 17 anos teve uma grave crise de apendicite e o pai não iria submetê-la aos cuidados de um relés médico de aldeia. Mandou-a para São Petesburgo, fundada em 1703 por Pedro o Grande, antes de virar Leningrado, com a gloriosa revolução de 1917, mas que agora voltou a se chamar novamente de São Petesburgo, mostrando que ao contrário do que disseram São Marx e São Engels, a história se repete, como farsa ou não, a questão é que se repete.
Natasha foi operada com sucesso e na volta ao aldeia recuperou-se maravilhosamente. Contudo, começou a engordar também rapidamente. Com três meses sua barriga começou a crescer. Então, o rico senhor de terras juntou seus capangas e afogou o Vladimir, tido como namorado da moça, no rio que corta a região. Pegou o Peter que não tinha nada com a história e colocou para casar com a donzela.
O problema é que passado nove meses, a barriga da Natasha apesar de ter crescido, nada do netinho do ricaço vir ao mundo. Quando completou 11 meses, ela teve novamente uma forte crise de dor na barriga. Não houve tempo para levá-la a São Petesburgo e correram com Natasha para o velho médico da aldeia que era especializado no atendimento da populaça pobre.
Lá o médico disse que não havia criança alguma para nascer. Simplesmente, abriu a barriga da Natasha e retirou o bisturi que o doutor de São Petesburgo havia esquecido de recolher.
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