Museu ganha cor azul para marcar
o Dia Mundial da Conscientização do Autismo
Pelo segundo ano consecutivo, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) vai apoiar a divulgação do Dia Mundial da Conscientização do Autismo, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 2 de abril. A partir do último sábado e durante toda a semana, a fachada do Antigo Palácio de Justiça, na Rua Dom Manuel 29, Centro do Rio, vai ganhar iluminação na cor azul em homenagem à causa. A iniciativa atende a uma solicitação encaminhada à Presidência do Tribunal pela juíza Keyla Blank De Cnop, que possui um filho de 11 anos portador de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento do Espectro Autístico e também é colaboradora do Grupo de Pais da Associação Mundo Azul, que tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre o autismo. A magistrada ajudou na formação do grupo com mais dois casais, também pais de crianças autistas.
Vários prédios e monumentos no Rio de Janeiro e em todo o Brasil vão aderir à iluminação especial, apoiando a conscientização sobre o autismo: Cristo Redentor, Assembleia Legislativa, Câmara dos Vereadores, Palácio da Cidade e Palácio das Laranjeiras, Senado Federal, Superior Tribunal de Justiça, dentre outros. No domingo, dia 3, será realizada uma caminhada na praia do Leblon, na Zona Sul, a partir das 9h.
O autismo é uma desordem neurobiológica que compromete o desenvolvimento do indivíduo, cuja causa ainda é desconhecida. Os sinais mais comuns apresentados pelo portador do transtorno são a dificuldade de comunicação verbal e não verbal, falha na interação social recíproca, e comprometimento da imaginação com repertório restrito de interesses e atividades. É importante que a doença seja diagnosticada precocemente, ainda nos primeiros anos de vida da criança. “Apesar de não haver um tratamento curativo para o autismo, sabe-se hoje que é tratável. Assim, quanto antes algumas técnicas comportamentais e educacionais forem iniciadas, maiores serão as chances de recuperação, proporcionando ao indivíduo portador da síndrome, chances de chegar a uma vida adulta independente e autônoma”, explica a juíza Keyla Blank De Cnop.
A magistrada acredita que há falta da orientação pedagógica nas escolas, já que o autista precisa ser acompanhado pela figura do mediador para poder interagir na sala de aula. Segundo ela, a criança tem dificuldade de entendimento porque faz uma interpretação literal da comunicação verbal ou de um texto.
Embora desconhecido da população em geral, o autismo não é um transtorno raro, tendo uma prevalência maior do que o diabetes infantil, o câncer infantil e a AIDS infantil, juntos.
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