Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Crianças e adolescentes

Novos abrigos vão estimular convivência entre grupos de irmãos
O juiz Pedro Henrique Alves, titular da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital, anunciou que cinco novos abrigos para crianças e adolescentes serão inaugurados no Rio de Janeiro com o objetivo de substituir definitivamente a Unidade de Reinserção Social Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Este mês, o magistrado determinou o fechamento da  instituição no prazo de 30 dias devido à superlotação e a transferência das crianças para outras unidades. O local tem espaço para 85 acolhidos, mas abriga mais de 140.
Agora, cada nova instituição terá capacidade para receber 20 crianças e adolescentes. A primeira será inaugurada no dia 5 de abril, às 11h, no Lins de Vasconcelos, na Zona Norte. O abrigo será batizado com o nome de Ziraldo, em homenagem ao cartunista, e receberá o primeiro grupo de acolhidos que ainda permanece na URS Ayrton Senna. Segundo o juiz, o diferencial da nova unidade será o trabalho focado em irmãos. “Este será o primeiro espaço de acolhimento institucional com o objetivo de estimular a convivência entre grupos de irmãos, na faixa de 4 a 12 anos incompletos”, ressalta. Nos próximos meses, o bairro da Tijuca também deve receber um desses abrigos, que serão administrados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS).
O restante dos acolhidos da URS Ayrton Senna será encaminhado para as novas unidades à medida que elas forem sendo inauguradas, respeitando as faixas etárias e os grupos de irmãos. Em caso de descumprimento da decisão judicial, a Prefeitura do Rio deverá pagar multa diária no valor de R$ 50 mil. De acordo com o magistrado, as condições da URS Ayrton Senna são incompatíveis com o acolhimento de crianças e adolescentes.
“A má gestão e o descaso do Poder Público Municipal acabaram por tornar a instituição em comento absolutamente imprópria para o acolhimento de crianças e adolescentes, que são ali submetidos a condições indignas, insalubres e até mesmo perigosas”, afirma o juiz, que detalha os problemas encontrados no local: abuso sexual contra jovens, presença de traficantes, uso de drogas por acolhidos e até tentativa de homicídio cometida por adolescentes contra funcionários.

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