Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Eduardo Cunha e o zen budismo

Alguns dizem que "a luta continua". No entanto, neste round de domingo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi o grande vitorioso. Não só por ter conseguido enviar para o Senado o processo de impeachment da presidente Dilma, como por passar para o que se convencionou chamar de "opinião pública" uma imagem de grande Gandhi brasileiro.



Em qualquer briga, sabe-se que quem não se defende, independente das pancadas que leve, acaba atraindo a simpatia da maioria. Dá a impressão de ser uma pessoa acuada e que de maneira cristã dá a outra face para ser agredido.

Independente de vir a ser cassado e criminalizado, Cunha exerceu com maestria seu papel de presidente da Câmara. Não entrou em polêmica; não se defendeu; não aumentou a voz; não gritou. E esse comportamento, não tenham dúvidas, rende muitos dividendos eleitorais.

O grande erro de parte da esquerda brasileira é não aprender com as grandes lições da história.

Os nazistas, no Tribunal de Nuremberg, foram julgados e condenados à morte somente pelos crimes que cometeram e foram muitas as atrocidades. Não houve gritarias no tribunal e nem acusações fora de questão.

Quem de um lado da telinha em sua casa, vê pessoas aos berros xingando o presidente da Câmara sem que ele, como uma espécie de Madre Teresa de Calcutá, Gandhi, Martin Luther King e outros santos não esboçar qualquer reação ou tentativa de defesa, o situa como um mártir ameaçado por leões bravios.

Burrice total de nossa esquerda. Muitos continuam com vicios do século XX como a de falar gritando no púlpito ou utilizarem xingamentos.

Isso não assusta nem mais crianças como o bicho papão. Que fará o Senhor Eduardo Cunha, que mais parecia um mestre de Zen Budismo, dando lições de serenidade.

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