Neste dia 22 de abril, os russos decidirão se vão manter embalsamado o corpo do líder Lenin, que completaria na data 146 anos (92 anos mumificado), devido as elevadas despesas com o ritual.
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Brando, o revolucionário digital
Brando, é professor. Tem esse nome em homenagem a Marlon Brando, ídolo do cinema de seus pais.
Ele está sempre bradando em favor dos pobres e oprimidos.
É revolucionário consumidor voraz de todo tipo de cartilhas.
Estava na linha de frente da turma dizendo que não ia ter golpe.
Brando é um cara novo e não sabe que o que mais existe mundo afora são golpes. Golpes da vida, golpes de amigos, golpes de enxada, golpes do judô, do futebol, etc.
Ele está indignado com a Câmara brasileira. No entanto, é apenas um dos milhões de críticos como os milhões de técnicos de futebol.
Desencavou das cartilhas Lênin para fazer uma análise da conjuntura nacional.
Está horrorizado com o povão brasileiro. Indignado com as pessoas indo normalmente aos Peg-Pags da vida para fazerem suas compras e organizarem o churrasco de feriadão prolongado, regado a cerveja e muitas mumunhas mais.
Brando está indignado com os que comemoram o Tiradentes, dizendo que o verdadeiro herói é Zumbi dos Palmares. Na cartilha, ele aprendeu que no panteão de heróis, uns são mais heróis que os outros e os que caem no agrado das massas devem ser rejeitado.
Em seu tablet, Brando está indignado com o povão que não se rebela.
Pensa em organizar um curso de iniciação revolucionária, mas ao contatar muitos de seus alunos desanimado verificou que a maioria está curtindo uma praia ou viajando.
Brando está envergonhado com o povão.
Esqueceu que no seu manual de Lenin é dito que "esquerdismo é a doença infantil do comunismo".
O professor Brando precisa crescer para mudar o povo e mudar o país.
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Imagem: filme Good Bye Lenin, do diretor alemão Wolfgang Becker
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