OBRAS QUE CAEM E AS QUE BALANÇAM MAS NÃO CAEM
Muitos operários morreram na construção da Ponte-Rio Niterói e em casos abafados. Basta rever os arquivos da Tribuna da Imprensa, no qual Hélio Fernandes escrevia seguidamente sobre o elevado custo dessa obra e outras questões. Em 20 de novembro de 1971 tivemos a trágica queda do elevado da Paulo de Frontin, com 48 mortos, mencionada sutilmente por Aldir Blanc em seu O Bêbado e o Equilibrista. Ainda em 1971 tivemos a queda do Pavilhão da Gameleira em 4 de fevereiro com a morte de 69 operários e 50 feridos. Durante as obras de construção dos estádios para a Copa do Mundo de 2014 também outras mortes e ainda a de um viaduto em construção que desabou. No 20 de dezembro de 72, em pleno clima de compras do Natal, desabou o supermercado Ideal de Pilares, no Rio, com 14 mortes.
A construção da Ponte Rio-Niterói,iniciada em 23 de agosto de 1968 e inaugurada em 4 de março de 1974, foi alvo de muitas controvérsias. Na ocasião foi considerada uma obra ousada de engenharia e de custo altissimo, com muitas histórias abafadas. De acordo com jornais e revistas da época, apesar da forte censura, 32 pessoas morreram durante a construção, embora alguns aleguem que o número tenha sido bem maior. Hélio Fernandes escrevia fortes criticas ao ministro dos Trasnportes Coronel Mario Andreazza, alegando inclusive que no ritmo implementado a obra não ficaria pronta nem com "Jesus como mestre de obras".
Foto: Construção da Ponte Rio-Niterói
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