A que ponto de nossa mediocridade chegamos. Eu que no passado dormia agarrado com o "Sociedade sem escolas" do padre anarquista mexicano Ivan Illich, jamais imaginaria que em pleno XXI estaríamos a debater o "Escola sem partidos" sobre uma possível influência nefasta dos mestres fazendo a cabeça dos jovens.
Tamanha idiotice, quem criou filhos saudáveis, em especial os adolescentes que hoje prolongam-se até os 30-40 anos, sabe muito bem como é difícil algum ser fazer cabeça de crianças e jovens, especialmente, e ainda mais nos dias atuais. Quanto mais uma figura exótica como a de um professor em uma escola decadente, distanciada da realidade do mundo.
No Cairu fui expulso de sala de aula porque discuti com a professora de Ciência sobre o que ela chamava de geração espontânea, dizendo que a tal coisa não existia.
Minha paixão desde criança pela História, transitando pelo Movimento Estudantil nos anos 60, não me impediu de seguir em frente sendo monarquista. Na UFF, no curso de Sociologia, um professor falou que não acreditava que no mundo de hoje alguém fosse monarquista. Minha filha disse: meu pai é monarquista e pior, se deixarem que ele venha aqui, de tão chato que é, vai acabar convencendo muita gente.
Com acesso a internet, novas drogas sintéticas proibidas e lícitas, leituras dinâmicas e até pílulas para a inteligência, o cinema, teatro, televisão, cursos de meditação holística, ervas do diabo e ervas dos deuses. Deus, pátria e família. Marchas contra e marchas em favor. Marchas de nem pelo contra e nem pelo a favor, mas muito pelo contrário.
Só em mentes totalmente fora da realidade é que se leva a sério coisas como escolas sem partidos.
Em qualquer escola do mundo, o garoto está interessado mais em marcar na prova qualquer coisa que o professor queira que marque para garantir os seus pontos e aprovação no fim do ano. Isso tanto vale para a escola furreca ou para a furreca melhorada. Serve para Enem e para a prova de trânsito, de peneira no futebol, etc.
Quando o professor diz: não passa no meio de campo e vai firme na perna do adversário, o bom jogador simplesmente faz o jogo, sonhando no futuro jogar a sério no Barcelona ou Real Madrid.
No Colégio Militar ali na São Francisco Xavier, Maracanã, Benjamin Constant enchia a cabeça da garotada com um tal de Positivismo e ideias Republicanas. Faz parte do jogo.
Ninguém é doido de sair fuzilando Deus e o mundo só porque seu mestre mandou.
Mas, agora em condições anormais de temperatura e pressão tudo pode mesmo acabar em explosão, inclusive a escola.
PS: Não devia ter brigado por geração espontânea (acho que ela está mesmo morrendo e a escola tem a sua culpa) ---- MAURICIO FIGUEIREDO
Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
quarta-feira, 13 de julho de 2016
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