Contradições de Catta Preta
Julgo ser importante apontar algumas contradições existentes na entrevista da advogada Beatriz Catta Preta veiculada pela TV Globo.
Em primeiro lugar, não existe coincidência de datas entre o requerimento da CPI para que ela comparecesse à comissão e o depoimento de Julio Camargo à Justiça Federal. O requerimento foi apresentado em 8 de julho, oito dias antes das acusações feitas pelo delator.
Em segundo: na ocasião em que anunciou sua saída do caso, a advogada afirmou que, uma vez que já estava encerrada a etapa de delações premiadas, não mais tinha interesse em prosseguir no rito processual.
Catta Preta saiu do país e reapareceu apenas depois da publicação de matéria da revista Veja (edição 2436, de 29 de julho) na qual são revelados detalhes de sua trajetória profissional e de sua vida pessoal, informações que não guardam qualquer relação com a CPI.
No dia 30, a advogada concedeu a entrevista à Globo, vitimizando-se e fazendo acusações à comissão sem qualquer embasamento.
A quem interessa conferir tamanha dimensão ao fato, tão comum, de um advogado deixar seu(s) cliente(s) no transcurso de um processo?
Tenho a convicção de que agora, mais do que nunca, Beatriz Catta Preta deva comparecer à CPI da Petrobras para esclarecer a origem de seus honorários, quem de fato a ameaça e os verdadeiros motivos que a levaram a abandonar a defesa de seus clientes.
Celso Pansera
Deputado Federal
Deputado Federal
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