Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Educação-RJ

Secretário de Educação participa de lançamento do Programa “Compra Mais 2”

Iniciativa incentiva agricultores a fornecerem merenda escolar

O governador Luiz Fernando Pezão e os secretários de estado de Educação, Antonio Neto; de Planejamento e Gestão, Cláudia Uchôa; e de Agricultura e Pecuária, Christino Áureo, participaram, nesta segunda-feira (31/08), do lançamento Programa de Compras Governamentais para as Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro – Compra Mais 2.

A iniciativa, fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio de Janeiro (Sebrae/RJ), tem como objetivo inserir micro e pequenas empresas nas compras públicas.

Segundo o secretário Antonio Neto, além de capacitar os gestores públicos e os micro e pequenos empresários, o "Compra mais 2" possibilitará a inclusão dos produtores rurais no fornecimento da merenda escolar. 

- As unidades escolares da rede estadual já destinam 30% dos recursos da alimentação escolar à compra de gêneros da agricultura familiar, conforme determinação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Essa capacitação oferecida pelo Sebrae possibilitará a inserção de micro e pequenas empresas, ampliando o poder de compra das escolas – disse.

As ações do "Compra Mais 2" levam a informação para o pequeno empresário, apresentando as oportunidades e as características das contratações com o poder público. Paralelamente, os gestores públicos recebem esclarecimentos sobre a importância do atendimento aos requisitos previstos na Lei Complementar n° 123 (estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado a ser dispensados às microempresas e empresas de pequeno porte).

- Os pequenos negócios representam mais da metade das transações realizadas pelo Estado. Em tempos de dificuldade, precisamos colocar a máquina para rodar. Essa parceria será fundamental para que a economia local aproveite o poder das compras públicas e aumente a geração de renda nos municípios – destacou o governador. 

TRE-RJ

Vencedores de concurso de contos de mesários

A Corregedoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro e a equipe do Projeto Mesário Voluntário divulgaram, na sexta-feira (28), os vencedores do I Concurso de Contos de Mesários do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Ao todo, 15 histórias foram selecionados para a publicação de um ebook. Além disso, os autores das três melhores contos vão receber um tablet cada. A cerimônia de premiação será em 16 de setembro, às 17h, na sede do Tribunal, na Avenida Presidente Wilson, 198, Castelo.

Com o tema "A participação do cidadão no processo eleitoral, na condição de mesário ou de supervisor de local de votação", o concurso teve a participação limitada a quem trabalhou nas eleições 2014. O Edital com o resultado está disponível no Portal do Projeto Mesário Voluntário na internet.

Tribunal de Justiça

'A Justiça é o Charme' leva música negra à Cidade da Justiça

Pela primeira vez o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) promoveu uma festa popular aberta a pessoas de todas as classes sociais e idades, que foram à rua para dançar e confraternizar ao som do charme, a black music (música negra) que embala os subúrbios cariocas. O baile “A Justiça é o Charme” aconteceu no sábado, 29, na Av. Erasmo Braga, no Centro, no complexo de prédios do Tribunal, conhecido como Cidade da Justiça. Segundo os organizadores do evento, aproximadamente mil pessoas, de diversos pontos do Rio de Janeiro, foram à festa para curtir ou aprender um pouco mais sobre o estilo. Para a realização da festa o Tribunal de Justiça teve a parceria da Prefeitura do Rio de Janeiro.
O baile charme do TJRJ foi democrático e, além de unir o público em clima pacífico, serviu para mostrar que a Justiça pode e deve sempre buscar o diálogo com a sociedade. O professor e historiador Joel Rufino dos Santos, diretor-geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento do TJ e também um dos idealizadores do evento, comemorou o resultado da integração entre o Poder Judiciário e a população. Para ele, é importante que o Tribunal ganhe cada vez mais a confiança das pessoas.
“As instituições que podem, se abrem para a sociedade, para ajudar a superar as crises. É um dever moral e político nosso”, disse o professor, que enfatizou também a força do baile charme para o meio social. “O baile charme é um processo cultural autônomo do Rio de Janeiro, e não é possível não abrigarmos essa cultura. É preciso fazer o negro entrar no Tribunal como criador de belezas, como artista, e não como réu”, falou Rufino.
Quem concorda com o professor Joel Rufino é o advogado José Guilherme Costa. Acostumado a entrar no Fórum de maneira bem mais “comportada”, ele também acredita que as pessoas podem mudar a forma de olhar para a justiça, e que o baile é uma forma de aproximação das partes. “O jurisdicionado é o povo. Quanto mais todos se aproximarem, melhor”, diz.
A festa teve grande produção. Em cima do palco, quem deu o tom foram alguns dos principais DJs dos bailes tradicionais cariocas, entre eles Corello DJ, um dos precursores desse tipo de festa, admirado pelos colegas músicos e pelo público. Corello aprovou a iniciativa de fazer um baile acessível a todos.
“A missão é mostrar essa música que toca lá no subúrbio há quase 40 anos para uma parte da cidade, e apresentar o que temos para somar à cultura da sociedade”, diz. E para quem não conhece a música charme, o DJ deixa um recado: “Pode vir que a gente mostra que em cinco minutos se aprende a dançar”, brinca.
A apresentação do baile foi de William Vorhees, que parabenizou a iniciativa do TJRJ de promover a cultura da música. Entre uma atração e outra, William deixava o recado claro para o público. “Sem Justiça não existe a democracia”, dizia o mestre de cerimônias, agradecendo ao Poder Judiciário. Entre os DJs que subiram ao palco estava Daniel dos Santos Ferreira, o DJ Dani RB, funcionário do TJRJ.
A parte técnica ficou a cargo da empresa Inside Produções, que levou ao espaço do show dois caminhões com dez toneladas de equipamentos cada, e mais de vinte pessoas encarregadas para fazer com que as apresentações tivessem a qualidade planejada. Foram 4.000 watts de som, iluminação moving head e painéis de led de alta resolução, que exibiam imagens do público dançando.
O baile “A Justiça é Charme” teve ainda um festival gastronômico, com os food trucks. O evento começou às 13h e terminou às 18h10, conforme previsto.

A Justiça é o Charme

Baile democrático reúne pessoas de vários pontos do Rio

Pai, mãe e filho curtindo o baile charme. Esses eram Giovane, Elaine e Guilherme, de apenas 7 anos, que saíram do bairro de Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio, e foram até o centro da cidade maravilhosa para participar da festa “A Justiça é o Charme”, promovida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), e dançar ao som da black music que há quase 40 anos ganhou contornos cariocas e já faz parte da manifestação cultural da cidade do Rio.
Giovane explica que aproveitou o sábado (29) para passear e ir ao baile, após o almoço em família. Para ele, o clima e o horário favoreceram o clima de amizade e tranquilidade da festa. “É muito bom poder vir neste clima familiar. Nem sempre conseguimos ir juntos aos bailes. E é legal fazer com que o meu filho conheça algumas das referências musicais que eu tive também”, diz.
O baile atraiu também quem nem conhecia muito do estilo charme e acabou passando por acaso no evento. Foi o que aconteceu com os universitários Rafaela Sarmento e Daniel Ribeiro, que moram na Ilha do Governador e em Copacabana, respectivamente. E eles chegaram a arriscar alguns passos, embora desajeitados no início. “É muito bom. O clima é contagiante”, diz Rafaela.
Daniel conta que só tinha ouvido falar do baile charme e visto pouco pela televisão. “Foi bom passar por aqui e ver que estava rolando festa, a música. Acabamos entrando e estamos gostando. É bem bacana a experiência”.
A funcionária de Furnas e vendedora de roupas Andrea Novellino tinha ido à feira da Praça Quinze, ali ao lado do baile, e também foi pega de surpresa. Mas ela já sabia o que esperar.
“Quando ouvi a música logo reconheci que era o estilo charme, que eu amo. Achei ótima a iniciativa da Justiça. Eu adoro esse tipo de música, mas os bailes acontecem mais nos subúrbios, onde não tenho chance de ir. Dançar charme no Centro do Rio foi o máximo”, afirmou Andrea, moradora do Leme, na Zona Sul da cidade.
Para que todo mundo pudesse aprender um pouco e dançar no ritmo da música, o baile “A Justiça é o Charme” teve a presença de dançarinos profissionais do estilo charme, que deram as dicas e os movimentos a quem estava começando. Viviane Custódio e Suzi Franquini são do Grupo de Charme Magia, convidado a participar da festa, e chegaram cedo para ensinar os primeiros passos.
“Aqui é um ambiente coletivo leve, qualquer tipo de pessoa pode participar. Vamos ensinar os passinhos e todo mundo vai gostar”, disse Suzi, enquanto o baile ainda esquentava.
O baile do TJ foi mesmo uma festa de integração. O casal Paulo Roberto Lotti e Claudia Costa saiu de Jacarepaguá para prestigiar o evento. Apaixonados por charme, eles curtiam o som enquanto bebericavam uma cerveja gelada.
“Esse evento foi muito especial. É como se a Justiça tivesse embalado e levado nos braços o público negro da cidade”, afirmou Cláudia, que é encadernadora de braile.
Funcionários do TJRJ participam do baile charme
Os funcionários do Poder Judiciário não ficaram de fora da festa e participaram do baile “A Justiça é o Charme”. Alguns, em serviço de plantão no final de semana, davam uma parada no trabalho para espiar o evento com uma vista privilegiada das janelas do Fórum Central e das sacadas do Museu da Justiça. Outros, que gozavam a folga do final de semana, fizeram questão de sair de casa para vir acompanhar o evento.
Carlos Eduardo Vieira tem 50 anos de idade e trabalha no Cerimonial do TJRJ, na Lâmina Central. Ele frequenta os bailes de black music há décadas, e aprovou a ideia do Tribunal de Justiça em trazer essa cultura para o ambiente judiciário.
“Eu nunca ia esperar isso da Justiça. Mas é uma maneira popular do Tribunal se comunicar com a sociedade”, explica Carlos Eduardo.
Já Amilton Oliveira foi acompanhado de muitos amigos ao baile charme da Justiça. São os “Amigos do Charme”, que curtem juntos as festas. Amilton é de São João de Meriti, e trabalha como segurança no Museu da Justiça há quase dois anos. Ele também enalteceu a iniciativa do TJRJ.
“É uma iniciativa que traz a oportunidade de as pessoas conhecerem a cultura do charme. E não é só a música e dança, é toda a interação que vem ao baile”, diz.
O baile “A Justiça é o Charme” aconteceu no sábado, 29, na Av. Erasmo Braga, Centro do Rio, das 13h às 18h10, e, de acordo com a organização, reuniu cerca de mil pessoas. A iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) teve o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Ministro Luiz Fux lança livro

 Livro sobre Novo Código do Processo Civil será lançado no TJ

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, lança no próximo dia 1º de setembro, às 17 horas, no foyer do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), o livro “Novo Código do Processo Civil Temático”, da Editora Mackenzie, em parceria com o Instituto Nacional Escola Superior de Administração Pública (Inesap).
O livro apresenta em destaque os temas do Novo Código de Processo Civil 2015, acompanhados de um detalhado índice temático e dos indicativos interpretativos dos dispositivos. Traz ainda a íntegra do Novo Código, um quadro comparativo que confronta o CPC 2015 e o CPC 1973, e um índice alfabético-remissivo do Código e das súmulas processuais civis.
O ministro tem declarado seu otimismo em relação ao novo CPC, acreditando que ele poderá simplificar e agilizar o andamento de processos. “Todas as declarações fundamentais do direito do homem entendem que um país cuja Justiça não se desempenha em prazo razoável tem uma Justiça inacessível. Esse foi o ideário do novo código: criar instrumentos capazes de eliminar obstáculos que impediam a Justiça de dar resposta em prazo razoável”, declarou o ministro em entrevista concedida à imprensa.
O TJRJ fica na Av. Erasmo Braga, 115, Lâmina I, 10º andar.

Concurso Cultural Amaerj


Concurso de monografias para magistrados começa no dia 1º de setembro

Começam no dia 1º de setembro as inscrições para o “Concurso Cultural de Monografias Jurídicas para Magistrados do Estado do Rio de Janeiro – Desembargador Aloysio Maria Teixeira”, promovido  pela Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj). Apenas magistrados do Judiciário fluminense podem participar do concurso, que oferece prêmios de R$ 5 a R$ 15 mil para os três primeiros colocados.
O concurso presta homenagem ao desembargador Aloysio Maria Teixeira, que foi presidente do Tribunal de Justiça do antigo estado da Guanabara de 1967 a 1969. Também ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TER) e ex-vice-presidente da Associação de Magistrados do Brasil (AMB), o magistrado publicou vários livros, como "Justiça e misericórdia" e "A missão do Poder Judiciário". O desembargador Aloysio Maria Teixeira faleceu aos 97 anos, em 2012.
Os interessados poderão se inscrever até 16 de outubro. A cerimônia de premiação será realizada no dia 16 de novembro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, durante a cerimônia de encerramento do 4º Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos.
De acordo com o regulamento, a premiação será de R$ 15 mil para o primeiro colocado, R$ 10 mil para o segundo, e R$ 5 mil para o terceiro colocado. O produto intelectual deve ser apresentado sob a forma de artigo jurídico, devidamente impresso, na secretaria da Amaerj, junto com uma cópia eletrônica do trabalho, sem qualquer identificação do autor, em mídia CD, em arquivo "doc" ou "pdf". O artigo deve ser entregue em um envelope opaco, lacrado, contendo em sua parte externa apenas o título do trabalho. O artigo deve ter entre 35 e 40 laudas.
Mais informações podem ser obtidas através do e-mail marcosaguiar@tjrj.jus.br, com o secretário Marcos Aguiar ou pelo telefone 3861-1113.

Um baile cheio de Charme sábado no TJ

Um encontro casual no elevador deu origem ao Baile Charme no TJ

Há cerca de três meses, em uma conversa casual no elevador, o segurança do Museu da Justiça Amilton Oliveira dos Santos comentou com um aluno de História que estava muito impressionado com um livro que estava lendo, “As Veias Abertas da América Latina”, do escritor uruguaio Eduardo Galeano, morto em abril deste ano. O diretor-geral de Comunicação e Difusão do Conhecimento do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), professor Joel Rufino, também estava no elevador e se interessou pela conversa, revelando ao segurança que conhecera o escritor. Nascia ali uma amizade que, sem ninguém imaginar, acabaria se transformando na origem da organização do primeiro Baile Charme promovido pelo TJRJ, que acontece neste sábado, dia 29, das 13 às 18 horas, na Av Erasmo Braga, no Centro, em frente ao prédio da Escola da Magistratura do Rio (Emerj).
“A partir daí, começamos uma amizade e, em um determinado dia, o professor pediu para eu passar no gabinete dele, pois ele tinha um presente para me dar. Ele me deu um livro de sua autoria, “A Escravidão no Brasil”. Depois de ele me conceder um autógrafo, comecei a ler o livro e, no final, observei a citação de várias manifestações culturais do Brasil, entre elas, o Baile Charme de Madureira”, conta Amilton.
Após ler o livro, Amilton foi agradecer ao professor Joel Rufino, que descobriu que Amilton fazia parte de um grupo de amigos, moradores no bairro de Vilar dos Teles, no município de São João de Meriti, na Baixada fluminense, que havia criado o “Amigos do Charme”, em 2007, um grupo organizado para promover bailes e divulgar o charme.
“Eu fui ao gabinete do professor, agradeci pelo livro e também por ele ter citado o Baile Charme. Quando ele soube que eu tinha um grupo e que organizava bailes charme, me perguntou: ‘Poxa, você tem um grupo? Por que não me falou isso antes? Que tal a gente fazer essa festa aqui?’. Isso foi há mais ou menos dois meses. A partir daí, nós começamos a conversar e a iniciar os contatos para organização do baile”, revela Amilton.
O segurança conta que a ideia do diretor Joel Rufino era mostrar a cultura do Baile Charme para um número cada vez maior de pessoas. “Durante as reuniões que realizamos para organizar o baile, o professor insistia na importância de ampliarmos, cada vez mais, a divulgação do baile charme. ‘Vamos fazer esse evento aqui. Vamos trazer o charme para cá. Não vamos deixar o charme só na Baixada, na Zona Oeste. O importante é que o evento venha para cá para aproximar o Baile Charme do público’, dizia o professor. "Esse sempre foi o objetivo dele”, destacou Amilton.
Trabalhando intensamente na organização do evento, Amilton acredita que o baile vai proporcionar ao público que comparecer a oportunidade de conhecer não apenas a cultura do Baile Charme, como também a de outras manifestações culturais. “Minha expectativa é de que o baile faça o maior sucesso. Hoje em dia, a informação é muito virulenta. Chega muito rápida, principalmente por causa da internet. Muita gente vai poder conhecer a raiz, a dança, as músicas, Não é só o charme em si. Tem o Flash Back, onde tocam as músicas dos anos 80, o Mid Back, que surgiu já no final dessa década e, já nos anos 90, o New Jack, que é um ritmo mais veloz de dança. Tem, ainda, o pessoal da antiga Black Music, da década de 70, do James Brown, que também é um som bem bacana. Não é só o som eletrônico, tem muita percussão e sopro”, avalia Amilton.

DJ Dani RB revela que a ordem é chegar ao baile ‘no brinco’

“Na época, quando comecei a frequentar os bailes no centro do Rio e em Madureira, a gente não sentava nos bancos do ônibus para não amassar a roupa e chegar ao baile no brinco”, revela o assistente administrativo do TJRJ, Daniel dos Santos Ferreira, conhecido no meio do Baile Charme como DJ Dani RB.
Um dos incentivadores e organizadores do baile, o DJ destaca a preocupação com o estilo e a elegância dos frequentadores dos bailes. “O nome charme reforça o conceito de um evento onde as pessoas vão elegantes, com o objetivo de dançar, de curtir o ritmo. Foi o DJ Corello que batizou como a Hora do Charminho, no baile do Mackenzie do Méier, por causa da elegância, do estilo de se vestir. Tanto as damas quanto os cavalheiros se preocupam em se vestir super bem”.
Dani RB elogia a iniciativa da realização do Baile Charme no Tribunal, considerando fundamental para a ampliação da divulgação do movimento, para atrair cada vez mais novos charmeiros. Ele frisa que o charme engloba não só o bairro de Madureira, onde ele é mais famoso, mas também em várias regiões, como os bailes do Chapéu Mangueira, na Rocinha, o Charme do Salgueiro, no centro de Duque de Caxias, em Niterói, em São Gonçalo.
“Encontrei com alguns amigos aqui do Tribunal de Justiça que também participam do movimento do charme, como o Amilton, quando conversamos sobre a ideia da realização de um baile charme aqui no TJRJ. Participei de várias reuniões e a ideia foi ganhando forma e se organizando. Achei fantástica a ideia, porque já pensava em outras formas de divulgação do Baile Charme. Quero, inclusive, aproveitar para agradecer ao diretor Joel Rufino pelo incentivo para a realização do evento, que vai mostrar o Baile Charme de todos os municípios do Rio”, agradeceu o DJ.
No baile de amanhã, Dani RB promete sacudir o público com muito charme internacional, mas também sem esquecer a música nacional. “Vou tocar Glen Jones, Sybil, e também Tim Maia e Seu Jorge, na batida charme. A intenção é também tocar o charme nacional. Além de mim e do Corello DJ, o evento também terá a participação do DJ A, Guto de Madureira. Vamos ter, também, as participações dos grupos Charme Brother’s, Hot Mix, Family Charme e Pérolas Negras do Charme”, lembrou Dani RB DJ.

Comarca de Niterói

Atividades e prazos suspensos segunda e terça no 1º Cartório Unificado Cível de Niterói

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) vai suspender na próxima segunda-feira, dia 31, e terça-feira, dia 1°, as atividades e os prazos processuais no 1º Cartório Unificado Cível da Comarca de Niterói, para que se faça a sua desinstalação.
A medida vai permitir a transferência do acervo da unidade e a reorganização cartorária das serventias integrantes, em decorrência da mudança das atuais instalações.
A suspensão consta do Ato Executivo nº 184/2015  publicado nesta sexta-feira, dia 28, no Diário da Justiça Eletrônico.

Homicídios de mulheres

Juíza defende a criação de banco de dados 
O II Seminário Internacional Violência de Gênero e Feminicídio, realizado no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) nos dias 20 e 21 de agosto, deixou uma importante herança: uma Carta Compromisso em combate à violência contra a mulher, que contém denúncias e resoluções propostas pelos participantes do seminário. A juíza auxiliar da presidência do TJRJ e titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Adriana Ramos de Mello, foi uma das signatárias da carta, divulgada no último dia 27.
No documento, a juíza assegura o compromisso do esforço para mudança de conceitos básicos na educação e do controle e acompanhamento rigoroso dos casos de violência de gênero, para que os crimes não saiam impunes e nem sejam esquecidos. “Esforço conjunto para criação de um banco de dados de homicídios de mulheres em razão do gênero; campanhas de combate ao Feminicidio, como a campanha “Ni Una Menos” (Argentina); melhorar a educação para inclusão de disciplinas sobre igualdade de gênero e direitos humanos nas escolas e universidades; criação de protocolos de investigação dos homicídios/tentativas de mulheres por região; criação de centros de apoio às vitimas e familiares de feminicidio; capacitação permanente dos operadores do Direito e da Justiça em igualdade de gênero e direitos humanos”, diz o item de compromisso assinado pela magistrada.
Quanto à denúncia, Adriana Ramos de Mello problematiza a cultura patriarcal ainda presente na sociedade e também a grande quantidade de ocorrências dos crimes de agressão e feminicídio. Ela cita que a cada cinco minutos uma mulher sofre com violência no Brasil. “A cultura do machismo e do patriarcado predomina no Brasil a olhos vistos, ceifando a vida de milhares de vítimas. Será necessária uma verdadeira revolução na sociedade para que haja uma mudança cultural de respeito à igualdade de gênero e à vida humana”, afirma.
Além da juíza Adriana, assinaram a carta o presidente do TJRJ, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho; a vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia; além de outras autoridades do Brasil, da Espanha, da Argentina e da Itália.
O II Seminário Internacional Violência de Gênero e Feminicídio foi promovido pela Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), e fez parte do Fórum Permanente de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero, presidido pela juíza Adriana Ramos de Mello.

Concilia Rio

Atendimento de mais de 30 mil contribuintes 
e arrecadação de R$ 1,7 bi aos cofres municipais

O Concilia Rio, mutirão de negociação fiscal para solucionar processos de Dívida Ativa do Município, através de acordos de conciliação, gerou uma arrecadação de R$ 1,7 bilhão à Prefeitura do Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pelo prefeito Eduardo Paes nesta sexta-feira, dia 28, durante o encerramento do evento no Centro de Convenções SulAmérica, que também contou com a presença da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Nancy Andrighi, idealizadora do programa de conciliação na área de execução fiscal. Segundo Paes, o valor negociado e parcelado pelos contribuintes é equivalente à arrecadação de IPTU de quase um ano inteiro na capital do Rio.

Em 12 dias de trabalho, o Concilia Rio atendeu mais de 30 mil cidadãos, retirando de tramitação judicial cerca de 87 mil processos de execução fiscal, que representam a metade das ações ajuizadas em todo o estado. “Ninguém gosta de dever, todo mundo quer ter suas obrigações em dia. O fisco no Brasil tem um histórico ruim, o que muitas vezes obriga o Poder Judiciário a uma prestação jurisdicional acima de sua capacidade. Eu, por exemplo, não tinha ideia de que existiam tantos processos de execução fiscal. É muito bom que a gente possa ter um do programa de conciliação ágil e desburocratizado para tornar isso mais fácil”, destaca Paes, que afirmou que a maioria dos prefeitos está sofrendo com a queda de arrecadação em seus munícipios devido à crise financeira do país. “É um jogo de ganha, ganha que eu nunca vi igual”, elogiou.

Com o sucesso nos resultados do Concilia Rio, o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), Camilo Ruliere, anunciou que o governo decidiu estender o programa de conciliação na área de execução fiscal para os outros 91 municípios do estado. Cerca de 40 prefeitos e procuradores reuniram-se com a ministra Nancy Andrighi e com representantes do TJRJ com o objetivo de conhecer os detalhes do funcionamento do projeto e tomar as primeiras providências para sua implantação nos municípios. A Prefeitura do Rio também pretende montar postos de atendimento em bairros como Copacabana e Madureira para beneficiar contribuintes que ainda precisam quitar dívidas de IPTU, ISS, ITBI e taxas, além de multas administrativas.

O mutirão foi promovido pelo TJRJ, em parceria com a Dívida Ativa do Município do Rio e apoio da Corregedoria Nacional de Justiça. Esta é a primeira vez que órgãos públicos realizam um trabalho conjunto de conciliação na área de execução fiscal no estado do Rio. Segundo a ministra Nancy Andrighi, a iniciativa já existe em cinco estados. “Em Brasília temos 350 mil ações de execução fiscal e em 11 dias de mutirão conseguimos reduzir esse acervo em 100 mil processos. Quando os três Poderes da Federação se unem para realizar um trabalho igual a esse o resultado é muito bom para todos”, ressaltou a corregedora.

O mutirão ofereceu desconto de até 60% sobre os juros, em caso de quitação dos débitos à vista. Quem optou pelo parcelamento da dívida recebeu desconto de até 40%, de acordo com o número de parcelas. Uma vez firmado o acordo para obtenção do desconto, o contribuinte terá que pagar rigorosamente em dia para manter o benefício concedido. O Concilia Rio foi criado pela Lei Municipal 5.584/2015.



'Violência de Gênero e Feminicídio'

TJRJ divulga Carta Compromisso do II Seminário Internacional 

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) divulgou na quinta-feira, dia 27, a Carta Compromisso do II Seminário Internacional “Violência de Gênero e Feminicídio”, realizado dos dias 20 e 21 de agosto, reunindo autoridades do Brasil, Espanha, Chile e Argentina.
Nesse documento, autoridades do Poder Judiciário e representantes de instituições governamentais e pesquisadores de diversas áreas do conhecimento fazem denúncias e manifestam seus compromissos com o combate à violência de gênero e em favor das políticas públicas em defesa das mulheres.
Entre os compromissos apresentados na carta, está o de despertar, não só nas mulheres, mas também nos homens, a necessidade do resgate da dignidade do ser humano na pessoa da mulher, segundo o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho; e o de dar visibilidade ao problema do preconceito, contribuindo para a mudança cultural em relação às mulheres, apresentado pela vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia.
Leia a Carta Compromisso na íntegra:

CARTA ABERTA DO RIO DE JANEIRO
II SEMINÁRIO INTERNACIONAL VIOLÊNCIA DE GÊNERO E FEMINICÍDIO

Agosto de 2015
                                                           
Nos dias 20 e 21 de agosto de 2015, ocorreu o II Seminário Internacional Violência de Gênero, reunindo autoridades da Espanha, Chile, Argentina e Brasil. Presentes, entre outras autoridades, a vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha; e a vice- presidente do Tribunal Constitucional da Espanha, Ministra Adela Asua Batarrita. O Seminário, realizado pela Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), no Auditório Des. Antônio Carlos Amorim, reuniu pessoas ligadas ao campo de políticas públicas e instituições governamentais, pesquisadores e pesquisadoras de diversas áreas do conhecimento, que debateram temas organizados nos eixos temáticos “violência contra mulher e feminicídio”.
Durante dois dias de uma programação intensa e variada, celebramos os avanços conquistados em todos os âmbitos a partir do enfrentamento dos sistemas que geram a violência doméstica, praticada contra a mulher. Reconhecemos e afirmamos nossas formas de produção de conhecimento no âmbito dos estudos feministas, de gênero e da diversidade sexual, articuladas com as lutas dos diversos movimentos políticos na esfera civil e da pesquisa acadêmica. Reiteramos que houve avanços nas lutas e que, ano após ano, além de se realizar uma análise quantitativa dos fatos registrados, vem sendo elaborado um estudo que procura acompanhar as mudanças na legislação, bem como as políticas públicas específicas para as mulheres.
Os relatos, as pesquisas e as práticas compartilhadas evidenciam que a violência doméstica, praticada contra a mulher, é um exemplo claro de violação da dignidade da pessoa humana e dos direitos fundamentais. Nossa busca consiste em prevenir essa violência contra as mulheres e fazer um chamado a toda a sociedade com o intuito de eliminar a pandemia mundial e estimular a mudança de atitudes e comportamento do ser humano, enfatizando a responsabilidade que se deve assumir na eliminação da violência contra mulheres. Sabemos da gravidade desses movimentos, e acreditamos em nossa capacidade de resistir e continuar trilhando o caminhado da transformação social.

Diante desse quadro, denunciamos:
- A necessidade de a sociedade se conscientizar de que é preciso acabar com essa barbárie e selvageria, que não condizem com a situação civilizatória do nosso país. (Desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho – presidente do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro);
- A discriminação existente, por parte da Magistratura, que ainda carrega uma carga grande de preconceito contra as mulheres.(Ministra Cármen Lúcia – Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal);
- A existência, ainda, de uma quantidade significativa de violência doméstica escondida, que tem de aparecer e ser debatida pela sociedade. (Desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa – Diretor-Geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro – EMERJ);
- A questão cultural das mulheres, que ainda têm medo ou vergonha de denunciar maus tratos. (Desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa – Diretor-Geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro – EMERJ);
- Que, mesmo sendo signatário de vários tratados e convenções internacionais, o Brasil não está implantando, com a necessária eficiência, as políticas públicas a que se comprometeu para combater a discriminação, a desigualdade e a violência. (Desembargador Cláudio dell´Orto – Diretor da Escola Nacional da Magistratura da Associação dos Magistrados Brasileiros – ENM/AMB)
- A cada cinco minutos uma mulher é agredida no Brasil. A cultura do machismo e do patriarcado predomina no Brasil a olhos vistos, ceifando a vida de milhares de vítimas. Será necessária uma verdadeira revolução na sociedade para que haja uma mudança cultural de respeito à igualdade de gênero e à vida humana. (Dra. Adriana Ramos de Mello- Juíza Titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e Juíza Auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro);
- A necessidade de a sociedade assumir a importância da questão da violência contra as mulheres, e seus direitos. (Dra. Patricia Laurenzo – Catedrática de Direito penal da Universidade de Málaga-ESP);
- A necessidade de se compreender que a violência contra a mulher é um problema específico, ligado ao machismo. (Dra. Patricia Laurenzo – Catedrática de Direito penal da Universidade de Málaga-ESP);;
- A resistência, também no meio jurídico, além dos focos existentes na sociedade, à Lei do Feminicídio. (Prof. Dra. Alice Bianchini – Doutora em Direito Penal pela PUC-SP);
- A invisibilidade da questão do Gênero, que, segundo pesquisas realizadas em todo o Brasil, a partir de processos que envolviam a morte de mulheres, continua desconsiderada. (Prof. Dra. Alice Bianchini – Doutora em Direito Penal pela PUC-SP);
- A naturalidade com que a sociedade e as instituições do Estado encaram os crimes cometidos contra mulheres, não apenas em relação ao feminicídio, como em outras formas de violência. (Dra. Leila Linhares – Membro do Fórum Permanente de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero);
- A necessidade de um avanço no acesso das mulheres à Justiça, a partir da melhoria dos serviços do Estado, com profissionais capacitados no atendimento, evitando respostas que vitimizem as mulheres. (Dra. Aline Yamamoto – Secretária Adjunta de Enfrentamento à violência contra as mulheres, representando a Dra. Aparecida Gonçalves, Secretária de Enfrentamento à violência contra as mulheres);
- A falta da formação de Gênero nas faculdades de Direito e cursos existentes no país. (Dra. Aline Yamamoto);
- A falta de espaços para que o tema Gênero, e não só a violência, possa ser pensado e discutido de forma multidisciplinar.(Professora Cristiane Brandão – Professor a adjunta de Direito Penal e Criminologia da FND/UFRJ);
- A falta de percepção da importância da igualdade de Gênero, por parte da sociedade. (Professora Cristiane Brandão – Professor a adjunta de Direito Penal e Criminologia da FND/UFRJ);
- A sociedade patriarcal em que ainda vivemos, na qual um juiz precisa se desvencilhar de tudo que, até agora, lhe foi dado como valores e princípios, uma sociedade machista que se reflete no Judiciário. (Professora Cristiane Brandão – Professora adjunta de Direito Penal e Criminologia da FND/UFRJ);

E nos comprometemos em:
- Despertar, não só nas mulheres, mas também nos homens, a necessidade do resgate da dignidade do ser humano na pessoa da mulher. (Desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho – presidente do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro);
- Reconhecer as lutas que vêm ocorrendo na campanha Justiça pela Paz em Casa, nas delegacias de mulheres e nas varas de violência doméstica. (Desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho – presidente do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro);
- Dar visibilidade ao problema do preconceito, contribuindo para a mudança cultural em relação às mulheres. (Ministra Cármen Lúcia – Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal);
- Trazer ao público a discussão sobre as questões relacionadas às mulheres, mostrando a importância de mudar a cultura da sociedade, principalmente a mentalidade dos homens, com respeito às diferenças e igualdades entre os Gêneros. (Desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa – Diretor-Geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro – EMERJ);
- Promover o respeito ao princípio da convencionalidade, para que o Poder Judiciário passe a adotar como fundamento para impor a implantação de políticas públicas contra a discriminação, a desigualdade e a violência, os tratados e convenções internacionais assinados pelo Brasil. (Desembargador Cláudio dell´Orto – Diretor da Escola Nacional da Magistratura da Associação dos Magistrados Brasileiros – ENM/AMB);
- Aperfeiçoar a educação para que todas as entidades que cuidam das leis possam entender e discutir o problema de maneira a julgá-lo de forma correta. (Dra. Patricia Laurenzo);
- Esforço conjunto para criação de um banco de dados de homicídios de mulheres em razão do gênero; campanhas de combate ao Feminicidio, como a campanha “Ni Una Menos” (Argentina); melhorar a educação para inclusão de disciplinas sobre igualdade de gênero e direitos humanos nas escolas e universidades; criação de protocolos de investigação dos homicídios/tentativas de mulheres por região; criação de centros de apoio às vitimas e familiares de feminicidio; capacitação permanente dos operadores do direito e da Justiça em igualdade de gênero e direitos humanos (Dra. Adriana Ramos de Mello- Juíza Titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital e Juíza Auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro);
- Acredito que um dos mais potentes instrumentos para o combate à violência de gênero ainda seja a informação. A divulgação dos direitos das mulheres e dos deveres dos homens traz a possibilidade de a vítima se autodeterminar de forma efetiva no sentido de romper o ciclo da violência. (Dra. Maria Daniella Binato de Castro – Juíza em Exercício no 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital e Dra. Katerine Jatahy Kitsos Nygaard - Juíza Auxiliar do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital);
- Colaborar para a construção de uma efetiva igualdade entre homens e mulheres na nossa sociedade. (Dra. Lúcia Iloizio Barros Bastos – Promotora de Justiça Coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Violência Doméstica contra a Mulher);
- Assegurar que as conquistas alcançadas, em especial pelas mulheres em situação de vulnerabilidade social, sejam protegidas e aprimoradas. Sendo certo que será a própria mulher a apontar e construir o caminho e a PAZ que deseja para si.  (Dra. Arlanza Maria Rodrigues Rebello, Defensora Pública Coordenadora do NUDEM);
- O Departamento de Proteção à Mulher Vítima de Violência da Policia Civil do Rio de Janeiro se compromete a dar palestras mensais, em escolas estaduais normalistas, com o objetivo de divulgar o que é gênero, para que essas futuras professoras possam ser replicadoras desse conhecimento e, com isso, iniciar uma educação para as nossas crianças com o conhecimento da equidade de gênero; enquanto não for efetivamente implementado o artigo 8º, IX, da Lei nº 11.340, sendo este o objetivo principal da PCERJ, como forma de prevenção à violência doméstica. (Dra. Grabriela Von Beauvais da Silva – Delegada Titular da DEAM Centro)
- A violência contra as mulheres é incompatível com os avanços de seus espaços na sociedade contemporânea.  Além da punição aos agressores e acolhimento das vítimas, no entendimento de que o silêncio é cúmplice da violência, são fundamentais medidas educativas e transformadoras no sentido de afirmar o papel da mulher como sujeito e cidadã de direitos, eliminando a visão da mulher como objeto e propriedade do homem, que alimenta a violência de gênero. As políticas públicas devem contribuir nesse rumo transformador, a favor da cidadania das mulheres. (Ana Rocha - Secretária de Políticas para as Mulheres do Município do Rio de Janeiro– SPM Rio)
- Trabalhar por uma mudança de cultura na sociedade e nas instituições, para que possamos não apenas cumprir a Lei Maria da Penha, mas a Constituição Brasileira. (Dra. Leila Linhares)
- Convocar a sociedade para se opor a toda forma de violência contra as mulheres, e combater o feminicídio, ampliando o debate para outros estados. (Dra. Leila Linhares);
- Disseminar a Lei do Feminicídio e falar sobre Gênero no âmbito do sistema de Justiça, conversando com todos os responsáveis pela aplicação das leis no país. (Dra. Aline Yamamoto);
- Esclarecer de vários modos que a questão da violência contra as mulheres não pode ser vista de forma individual, mas sim como uma questão estrutural e cultural, combatendo a discriminação que existe. (Dra. Aline Yamamoto);
- Promover mais debates e discussões, levando o assunto até as escolas, da educação fundamental às universidades, com o objetivo de se ter um futuro melhor e mais informado sobre os direitos da sociedade. (Professora Cristiane Brandão – Professora adjunta de Direito Penal e Criminologia da FND/UFRJ);
- Esclarecer os operadores jurídicos e a sociedade sobre o que motivou a criação de uma lei como a do Feminicídio, bem como seus objetivos. (Professora Cristiane Brandão – Professor a adjunta de Direito Penal e Criminologia da FND/UFRJ).

                              Rio de Janeiro, 26 de agosto de 2015

Proibição de jovens nas praias do Rio

Autoridades buscam solução para apreensão de jovens 

O juiz Pedro Henrique Alves, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da capital, reuniu-se na quinta-feira, dia 27, com representantes do Poder Público em busca de soluções para garantir o direito de ir e vir dos jovens que foram apreendidos pela Polícia Militar no último fim de semana a caminho das praias da Zona Sul da cidade, mesmo sem constatação de flagrante delito.
Segundo o magistrado, foi protocolado um acordo que prevê o trabalho conjunto entre a PM e a Prefeitura do Rio. Os órgãos devem apresentar no dia 10 de setembro uma estratégia integrada para enfrentamento do problema. “É importante que todos estejam imbuídos para melhorar a prestação de serviço”, ressaltou o juiz.
O magistrado também aventou a possibilidade de marcar uma reunião com o prefeito Eduardo Paes para sugerir melhorias na infraestrutura ligada à infância e juventude, como o aumento do número de Conselhos Tutelares e de Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) da região do Centro e Zona Sul, além do aperfeiçoamento das instituições de acolhimento de jovens. “O habeas corpus é preventivo e diz respeito a situações futuras. Se você conseguir mobilizar o Poder Público para resolver e melhorar essas questões nós ganharemos muito mais do que se houvesse uma decisão judicial. Quando as próprias instituições assumem a necessidade de melhoria e reciclagem, quem ganha é a sociedade”, destaca o magistrado.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Aborto de feto

Justiça autoriza aborto de feto com má formação genética

O juiz Edison Ponte Burlamaqui, da 4ª Vara Criminal da capital, autorizou nesta quinta-feira, dia 27, que Stefany Costa Pereira Dumas e seu marido Rodrigo Gonçalves da Silva interrompam a gravidez. Segundo os autos do processo, o feto não possui os dois rins, sendo portador da doença Agenesia Renal Bilateral, o que inviabiliza a sobrevivência do bebê. 

O magistrado destacou ainda a semelhança do pedido feito pelos pais do bebê com um caso de feto anencefálico (sem formação do cérebro) julgado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no qual os ministros também entenderam que o caminho mais adequado seria a interrupção da gravidez.

“Visto o exposto, fácil perceber que impor à gestante a manutenção de uma gravidez fadada ao insucesso, dado que a morte do feto é inevitável, afronta claramente a sua dignidade. O sofrimento de saber, a cada dia, que se carrega uma vida inviável é algo imensurável, ainda mais por tratar-se de sua prole. Não está aqui a se dizer que a realização do aborto não será algo traumatizante. Entretanto, a sua rápida realização diminuirá o sofrimento físico e psicológico da mulher, além de adiantar o período de aceitação e recuperação da mesma”, ressalta o juiz Edison Ponte Burlamaqui. 

O juiz determinou que o aborto seja feito, de preferência, por um estabelecimento hospitalar público. Em caso da escolha de uma instituição privada, deve ser credenciada pelo Poder Público.

Processo: 0356331-96.2015.8.19.0001

Tortas - doces e salgados


Baile Charme do TJRJ no sábado

'O Charme não costuma ser notícia porque é muito pacífico', diz DJ 

Quem está acostumado a ver juízes, desembargadores, servidores e advogados circulando no entorno do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), no Centro da cidade, vai se surpreender neste sábado, dia 29. O DJ Corello, responsável pela direção artística do Baile Charme que será promovido pelo TJRJ disse que a iniciativa de abrir os espaços do Poder Judiciário ao público para contar a história da Black Music é algo inédito. “A população de forma geral vê a Justiça sisuda, a imagem da Justiça é uma coisa muito séria. A iniciativa pegou todos de surpresa, mas gerou oportunidade de se contar a história da Black Music, que é uma história de paz, de não violência e essas coisas estão ligadas”, destaca o artista. O baile “A Justiça é o charme” será realizado no meio da rua, das 13h às 18h. O evento é gratuito.
O DJ Corello disse ainda que, ao longo das décadas, a popularidade do charme foi encoberta por outros ritmos musicais com mais apelo midiático. “O Charme não costuma ser notícia porque ele é muito pacífico, então ele não gera matérias na mídia como o funk, por exemplo. O charmeiro vai ao baile para dançar, para encontrar paz espiritual. Então, quando o Tribunal realiza um evento para dar destaque ao ritmo isso é muito importante”, ressalta o DJ, que é um dos principais expoentes na cultura da Black Music.
Um palco, com dois painéis de led, vai ser montado na Rua Erasmo Braga, no Centro, em frente ao prédio da Escola da Magistratura do Rio (Emerj). Dois grupos, com cinco dançarinos cada, vão protagonizar um verdadeiro espetáculo. No palco, um dos grupos, formado pelos dançarinos Paulo César, Negro, Wellington Charmeiro, Suzi Franquini e Viviane Custódio, fará uma encenação da história da Black Music, contando como e quais influências musicais resultaram no nascimento do charme na década de 1980. A encenação terá a participação de cinco DJs tocando diversas vertentes do ritmo. No chão, o outro grupo de artistas, composto por Talita, Juliana, Jaqueline, Maurício e Marcela, vai ministrar um workshop de dança. O evento vai contar ainda com uma animação, exibindo registros da história da Black Music, além de uma feira étnica, com venda de acessórios e produtos personalizados para o vestuário dos negros. Outra atração do baile vai ser o festival de gastronomia de rua com os food trucks.
Para a realização do evento, o TJRJ anunciou a parceria com a Prefeitura do Rio, que dará apoio operacional, com o fornecimento de banheiros químicos e grades de proteção para delimitação de espaço.
A iniciativa faz parte do projeto “Cultura é Justiça”, da Diretoria-Geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento do TJRJ, comandada pelo professor e historiador Joel Rufino dos Santos. No Rio de Janeiro, os bailes charme nasceram de forma espontânea no bairro de Madureira, sob a influência da cultura negra americana, da soul music e do funk, absorvidos e adaptados pelos brasileiros.