Em nossa simplória visão política das coisas, costumamos
soltar fogos quando vemos cair por terra algum poderoso que a todos figurava como um verdadeiro câncer no tecido social.
Por isso, aplaudimos o graudão (ou aparentemente graudão) carregado de camburão, escoltado pelo japonês da federal rumo ao presídio. Vibramos com a fabricação em massa de tornozeleiras para vigilância 24 horas dos que nos assaltam os cofres da nação.
Mas será isso o bastante?
Estaremos seguindo o ditado popular do "casa de ferreiro espeto de pau"?
O que há, realmente, de indicador de que os fatos do passado recente não continuarão? Que medidas nos saltam aos olhos para que a máxima de Dirceu, realmente, seja algo constante com o seu "não roubar e não deixar que roubem".
O que realmente está sendo feito em termos da tão propalada reforma política, social, educacional e cultural?
Será que nos contentaremos com o ouro dos tolos das eternas queimações de fogos e do dinheiro público no fim de ano nas areias de Copacabana e de todas praias e beirada de rio por todo o Brasil?
Até quando aceitaremos a farra de bois de mais de 30 partidos políticos locupletando seus eternos caciques?
Como eternos espectadores passaremos o tempo olhando os poderosos fazerem o jogo, enquanto a maioria - na qual nos incluímos - assiste impassível nossa péssima educação, segurança, sistema de saúde e habitação indo de mal a pior?
MAURICIO FIGUEIREDO
Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
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