Debate aponta necessidade de mudanças
na sociedade e nas instituições públicas
A cultura do estupro no Brasil, as causas e consequências de uma ideologia que mantém um quadro perverso de violência de gênero ainda sustentado na sociedade e críticas ao sistema público de segurança e justiça foram temas de discussão na terça-feira, dia 12, na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj). Na palestra “A cultura do estupro e suas repercussões para a mulher na sociedade”, as participantes cobraram mudanças na estrutura de pensamento do Poder Judiciário e de diversas instituições sociais em resposta à opressão sofrida pela mulher.
Para a filósofa Marcia Tiburi, essas respostas têm que ser dadas aos agentes públicos e é necessário persistir na quebra do silêncio. “Nós já estamos dando várias respostas e ainda temos muitas para dar. A melhor resposta é o feminismo”, defendeu Marcia. Ela também afirmou que todas as instituições enraizadas na sociedade servem, historicamente, à ordem do “homem europeu branco”, composta pela estrutura de poder com exploração capitalista e diferenciação de gêneros e raças, até mesmo no âmbito religioso.
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