Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sexta-feira, 8 de julho de 2016

A violência nossa de cada dia e as eleições

A menina mal informada comenta com as amigas que não vê hora de sair do Rio de Janeiro para morar no exterior, pois não aguenta tanta violência.
O problema é que a violência, em si, está presente em todos os cantos, e, por isso, como diz a oração, o melhor é pedir sempre para que os poderes divinos nos livre do mal.
O que há de fato, em relação ao Rio, é que em comparação a outros Centros, a violência ocorre em locais que por serem o coração da cidade deveriam, no mínimo, contar com um certo grau de segurança.

Ataques de pivetes em locais como a Avenida Rio Branco e Presidente Vargas ou mesmo as praias famosas são constantes e assim como, os tiroteios com armas pesadas fazendo vítimas desde bebês até idosos também campeiam em toda a parte, diante da fracassada e custosa política das Unidades Pacificadoras.
Existem leis, mas defasadas em relação aos novos tempos. O menino menor sabe que terá a impunidade para matar qualquer um, como o 007 com licença para matar por parte da Rainha. Por isso, um bom menor esperto, com garra e coragem é disputado a peso de ouro por qualquer grupo armado que se preze.
Parte da esquerda brasileira vive o discurso romântico do século XIX, colocando a guerrilha urbana como mera consequência de uma luta de classes. Diante disso, deixando de lado análises sociológicas, o pensamento de direita extremada ganha cada vez mais adeptos. Nesse caso, prevalece a máxima chinesa de que não interessa a cor do gato e sim que ele mate o rato.
No Rio de Janeiro exterminar os filhos da miséria que podiam estar estudando, podiam estar jogando bola, podiam estar realizando pequenos serviços para ajudar a renda familiar, mas preferem a opção mais romântica, lúdica e rentável de estar assaltando e mesmo matando, passa a ser um discurso político que, certamente, captará muitos eleitores em outubro. (Mauricio Figueiredo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário