Não sei se é de Neném Prancha, autor de tantas frases sobre o nosso futebol. Mas, a máxima do futebol, do "Arrecua os arfs que o jogo é de campeonato", que Felipão não usou na Copa de 2014, quando levamos o vexame de apanhar de 7 a 1 para a Alemanha, em pleno Mineirão, ao que parece está chegando ao mundo da política, com a revelação, publicada pela Folha de São Paulo, de que o atual ministro do Planejamento do governo Temer teria proposto uma trava na Operação Lava-Jato que está indo muito longe, podendo pegar um montão de gente, incluindo o PSDB e em especial o senador Aécio Neves.
"Arrecua os arfs" é a forma cautelosa de não expor sua equipe ao ataque. Amontoar os dez jogadores na entrada da área e utilizar o famoso chutão para a frente, mirando pra onde está o nariz, só não valendo gol contra. É o famoso "bola pro mato que o jogo é de campeonato".
Muitos defendem a tese da imediata convocação de eleições gerais para tudo, desde o porteiro do prédio até presidente da República.
Mas, nada mudará caso não se resolva o grave problema da Reforma Política engavetada. Um país com mais de 30 partidos, muitos deles reconhecidamente sem qualquer viés ideológico, a não ser atuarem como instrumentos de barganhas na distribuição de cargos, não pode politicamente dar certo.
Qualquer eleito que não entre no jogo da distribuição generosa dos mais de 100 mil cargos de confiança corre risco de vida. Basta desagradar um aliado e o castelo de cartas vem todo abaixo.
Haverá limite para a Lava-Jato ou a ordem será mesmo a de se arrecuar os arfs?
(Mauricio Figueiredo) - www.agenciareporterdigital.com.br
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