Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sexta-feira, 20 de maio de 2016

A BATATA DELA JÁ PASSOU DO PONTO - * Carlos Ney



- Um avião, assim que soa o alarme de pane e ele começa a perder altura, trata de descartar o peso inútil. Com navios, assim que água invade os porões, acontece a mesma coisa. Por que esperar comportamento diferente, em se tratando de sobrevivência, de um partido político? Depois que uma pesquisa interna teria mostrado que 7 em cada 10 militantes já não botaria a mão no fogo pela honestidade da legenda, a cúpula não teve como fugir da autocrítica. Mas, dentro de sua linha "ideológica", tratou de culpar terceiros. Ao reconhecer a captação heterodoxa (vamos chamar assim) de recursos, atribuiu a contaminação (juro q o termo não é meu), por conta das práticas comuns no ambiente político. E como esse negócio de se defender é muito chato, sapecou que o partido teria errado ao não "regular" a liberdade de imprensa (coisa que, segundo a minha leitura, foi feito por Cuba e Venezuela, por exemplo). Além do erro de não ter fixado limites para "independência" da P.F. e da P.G.R. E não parou par aí. Ficou ainda pior. Pelo tom, parece claro que nem eles acreditam no retorno ao poder. Assim como não acreditam na vitória que tinham como certa, no próximo confronto eleitoral. A solução seria uma frente de nanicos incendiários, dentro da lógica que vale mais uma fatia do que bocado nenhum. O molusco aquele que é ex-ministro sem jamais ter tomado posse), apesar de chamuscado, sobreviveria. Já a criatura dele... A não ser que ela se torne mártir, saindo da vida (política) para entrar na história, ela seria apenas uma mala sem alça, recheada com pedras, que teria que ser carregada ladeira acima. Então, repetindo a célebre frase da bruxa da maçã, descanse em paz, querida. 

*Jornalista e escritor

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