Muitas escolas estão fechando assustadas com a gripe que já foi chamada de suína, mas em respeito aos porcos, politicamente correta, passou a ser classificada como gripe A.
Tirando a turma do pó de giz (os alunos que sentam nas primeiras filas da classe), um bastão que no passado registrava os ensinamentos do professor no quadro-negro (coisa também do passado), a maioria dos estudantes festeja essas férias que não constavam do programa.
Em situação normal de temperatura e pressão, qualquer criança ou jovem quer ver a escola pelas costas. Principalmente a maioria das escolas que lhes é oferecida.
Quando se vive em um mundo cheio de atrações, principalmente as eletrônicas, as escolas surgem como algo anacrônico, com suas carteiras justapostas, seus livros e apostilas desinteressantes e professores, com as louváveis exceções, em suas monotonias diárias.
A escola do “vencer na vida”, com seus currículos, programas, disciplinas e matérias, tem se mostrado pouco atrativa para crianças e jovens e também fracassado no que o poeta Drummond classificou de busca do “lugar ao sol brasileiro”, referindo-se ao vestibular.
No passado, quem não estudava recebia a ameaça dos pais de que iria ficar burro e acabaria puxando carroça. Os burros praticamente sumiram e com eles as carroças. Em muitos casos, “puxar carroça” tem sido economicamente mais atraente do que obter diploma em profissões de elevado status no passado.
Um médico, por exemplo, para conseguir melhor remuneração precisa pular de clínica em clínica, enfrentando engarrafamentos e uma agenda lotada. Quando atua na esfera pública vive o estresse de atuar sem as mínimas condições de trabalho. O mesmo se dá com um professor ou outro profissional liberal.
Na mente da criança ou jovem figura um mundo de profissões ou atividades que acabam sendo mais prazerosas e atraentes das que se tem acesso através do aprendizado escolar.
O grande desafio da Educação, por isso, passa a ser o de criar escolas, faculdades e universidades mais atraentes para crianças e jovens.
Por enquanto, o atchim da gripe A (a gripe suína) é um momento de festa para a maioria.
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Viva a rubéola!
Anos 60. Surto de rubéola no Rio. Férias antecipadas em muitos colégios.
Alegria geral entre a garotada para desespero dos pais.
Para amenizar, muitos professores passavam dever de casa na esperança de que os alunos não perdessem o ritmo.
A história é sempre a mesma: mudam apenas as doenças.
Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
quarta-feira, 1 de julho de 2009
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