Irmãs ganham família americana em adoção internacional
As irmãs Ingrid Laira, de 10 anos, e Yasmin Victoria, de 8, terão um final de ano em 2015 bem diferente do que de costume, e com muito mais alegria. Isso porque elas foram adotadas pela família Moore, dos Estados Unidos, e ganharam pai, mãe e mais dois irmãos. A história é o 23º processo de adoção internacional concluído neste ano no Rio de Janeiro, e realizado pela Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional (CEJAI-RJ), do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).
Casados há 12 anos, Christian Benedict, 49, e Kellie Joan Wilcox, 34, moram em Seattle, no estado americano de Washington. Eles têm dois filhos biológicos: Taro Sebastian, de 8 anos de idade, e Hugo Wolfgang, de 6. Mas sempre quiseram mais. Christian conta que o desejo do casal era ter quatro filhos, e como já tinham os dois meninos, gostariam de ter também meninas pela casa.
A adoção no Brasil não foi por acaso. Em bom português, Kellie explica que tem relações próximas com o país. Ela morou no Brasil por quatro anos quando adolescente, e passou a lua-de-mel com o marido aqui. Além disso, o processo de adoção nos EUA, segundo Kellie, é mais complicado. “Passar por um processo demorado de adoção nos Estados Unidos poderia ser emocionalmente mais desgastante, para nós e para as crianças”, diz Kellie, para quem a cultura do país também pesou na escolha pelas crianças brasileiras.
A secretária executiva da CEJAI-RJ, Ludmilla Carvalho, considera que o Brasil segue processos de adoção que favorecem as famílias adotantes e as crianças adotadas, o que explica a grande procura das famílias estrangeiras. “O processo de adoção no Brasil é reconhecidamente muito seguro. É um modelo a ser seguido”, afirma Ludmilla.
O tempo dos processos de adoção é longo, porém necessário. De acordo com a secretária executiva da CEJAI-RJ, a adoção internacional pode ser a última chance de as crianças serem inseridas em uma família, e por isso tudo é feito com bastante cuidado. Antes de se mudarem com a família, todos passam por um período de convivência de pelo menos um mês aqui no Brasil, após ser autorizada a habilitação.
Na família Moore, a impressão no primeiro contato familiar em novembro foi a melhor possível, mesmo com as diferenças de costumes e, claro, do idioma. “Apesar das dificuldades que as meninas passaram na infância, elas são muito espontâneas, alegres e muito sorridentes”, contam os pais. A família Moore embarca para os EUA no dia 22 de dezembro.
A adoção das meninas Ingrid e Yasmin foi processada pela 4ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital, de titularidade do juiz Sérgio Luiz Ribeiro de Souza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário