Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

TJ do Rio

Plano estabelece metas de responsabilidade socioambiental 

Com o objetivo de contribuir para uma sociedade mais justa e solidária, atenta ao conceito da responsabilidade socioambiental, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ) lançou na segunda-feira, dia 30 de novembro, o Plano de Logística Sustentável (PLS-PJ). O evento coincidiu com a abertura da Conferência do Clima em Paris (COP 21), que reúne 150 chefes de estado, na capital francesa, para um debate em torno de medidas de combate à degradação do meio ambiente.
Segundo o presidente da Comissão de Políticas Institucionais para Promoção da Sustentabilidade do TJRJ (Cosus), desembargador Jessé Torres, o PLS-PJ prevê a adoção de práticas de gestão que levem em conta a preservação dos recursos naturais e a economia desses recursos no Poder Judiciário. Conforme explicou, “com melhor gestão desses recursos, nada deve nos faltar agora, nem para as próximas gerações”.
Ações serão implementadas para garantir a prática da sustentabilidade em todas as contratações de compras, obras e serviços. O PLS-PJ foi montado com sete eixos: “Uso Racional dos Recursos Naturais”, “Gestão Adequada dos Resíduos Sólidos”, “Qualidade de Vida no Ambiente de Trabalho”, “Educação, Comunicação e Sensibilização Ambiental”, “Licitações Sustentáveis”, “Construções Sustentáveis” e “Responsabilidade Social”. Cada diretoria do TJRJ receberá um exemplar do plano, que também pode ser acessado através do endereço http://app.tjrj.jus.br/plano-log-sustentavel/#/1/ . As metas obedeceram à Resolução nº 201/2015 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre a criação e competência de unidades ou núcleos socioambientais  nos órgãos e conselhos do Poder Judiciário.
Encíclica Ecológica
O lançamento do Plano de Logística Sustentável (PLS-PJ) foi marcado ainda pela palestra “Os grandes desafios mundiais da Encíclica Ecológica – Laudado Si” (na Língua Portuguesa, Louvado Sejas), do Papa Francisco. Na abertura da cerimônia, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, disse que a “a vida não é para transformar o ser humano de consumidor em consumido”.
Na palestra sobre a Encíclica Ecológica, o reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/Rio), professor e padre Josafá Carlos de Siqueira, assinalou que é a primeira vez em que a Igreja produz um documento com enfoque ecológico.
“a Encíclica Ecológica veio no momento histórico muito importante, porque  traz um apelo para que possamos nos unir para esse grande desafio ambiental que temos pela frente. Ela faz ponte, prega a união que supõe um diálogo com as diferenças, tendo em vista esta missão que todos nós temos pela frente, que é de poder resguardar, salvar e preservar o patrimônio que Deus colocou em nossas mãos. Essa é a grande mensagem: a união de esforços no sentido de ter um projeto comum para enfrentar o desafio de preservar o meio ambiente”, disse o professor.
O documento do Papa Francisco também faz críticas à individualidade e à visão consumista do ser humano, destruindo os recursos naturais e tornando o planeta inabitável, já em algumas regiões. O documento também ressalta a importância da mobilização de todos para mudar essa visão, com a união dos povos na preservação dos bens naturais para as atuais e futuras gerações. A palestra foi coordenada pelo Departamento de Ações Pró-Sustentabilidade (Deape) do TJRJ.
Participaram também do evento: a corregedora-geral da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargadora Maria Augusta Vaz Monteiro de Figueiredo; o diretor-geral da Escola da Magistratura do Rio de Janeiro (Emerj), desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa; a presidente da associação Brasileira de Recursos Humanos, Leyla Nascimento; e a presidente do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico, Samyra Crespo.

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