A
Secretaria de Estado de Educação lamenta a decisão do Sindicato
Estadual dos Profissionais da Educação. A greve é inoportuna, já que os
sindicatos estão em negociação com a Secretaria. Inclusive, neste ano,
o secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, recebeu
representantes da União dos Professores Públicos do Estado (Uppes) e do
Sepe que compõem o Grupo de Trabalho, formado a pedido do Supremo
Tribunal Federal (STF), para dar continuidade aos debates sobre as
principais reivindicações. Na reunião ocorrida na manhã desta segunda-feira (12/05), mais uma vez, o Sepe não compareceu. Os maiores prejudicados com a greve são os alunos da rede pública.
Na
tarde desta segunda-feira (12/05), apenas 269 professores, de um total
de 75 mil (ou seja, 0,3%), faltaram ao trabalho. Nenhuma escola deixou
de funcionar.
Abaixo,
seguem algumas ponderações sobre a paralisação do Sepe. As
reivindicações não podem ser as mesmas para as redes municipal e
estadual, pois são redes diferentes. Por exemplo:
- Eleição para diretor de escola – no
município há e no Estado, não. No Estado, houve o fim das indicações e o
cargo de diretor é preenchido por meio de processo seletivo interno, em
quatro etapas: avaliação curricular, prova, entrevista e treinamento. O
pedido do Sepe de retornar às eleições para o cargo é um retrocesso.
A
eleição não é possível no Estado devido ao fato de haver localidades
com muita influência política e a eleição para diretor torna-se uma
eleição com apoios de políticos. O processo seletivo também é mais
democrático, pois permite um professor candidatar-se, caso seja bom
gestor, a dirigir uma escola da capital mesmo ele sendo de outra
região. O STF aceitou a posição e a interpretação da Seeduc nesse caso.
- De quanto será o reajuste salarial? - A proposta é a de que seja de 8%. Mas tem que passar por votação na Alerj.
- Salário – A
rede estadual do Rio paga, atualmente, R$ 16,90 pela hora-aula. Valor
maior do que a hora-aula em SP (R$ 15,80); no ES é de 9,80; e em MG é de
R$ 11,80.
- Benefícios novos para os servidores da Educação no Rio:
Auxílio-transporte - entre R$ 63 a R$ 120/mês
Auxílio-qualificação - bônus anual de R$ 500
Auxílio-alimentação - R$ 160 mensais
Auxílio-formação para professores regentes de turma / Parceria Consórcio Cederj - bolsa no valor de R$300 mensais.
Equivalência salarial - Na
Seeduc, há professores que trabalham 16h, 30h e 40h, portanto, não há
como equiparar os salários, já que estes cumprem cargas distintas. A hora/aula na rede estadual é de R$ 16,90. Com exceção do Distrito Federal, que tem orçamento diferenciado, é a maior salário entre os estados brasileiros.
1/3 da carga horária – Esclarecemos que na rede estadual de ensino, cada hora-relógio em sala de aula equivale a 50 minutos. O Estado já cumpre 1/3 de atividades complementares.
Sobre a participação de outro sindicato - A
Uppes é um sindicato oficial, que iniciou as atividades sindicais antes
do Sepe. E, no encontro com o STF, a representante do Ministério
Público que estava presente sugeriu a ampliação do debate e do Grupo de
Trabalho. Portanto, é o Sepe quem deve decidir se quer participar ou
não. Ele está convidado. O secretário e a Seeduc tratam com os dois
sindicatos, tanto que recebeu o Sepe no dia 29 de abril e informou aos
sindicalistas que haverá reajuste com aumento real este ano. O Grupo de
Trabalho acordado junto ao Supremo está em funcionamento, tanto que a
próxima reunião está marcada para esta segunda (12/05). O Sepe no
entanto, se recusa a participar devido ao fato de o outro sindicato da
categoria, a Uppes, fazer parte.
Redução da carga horária para funcionários - a Secretaria ratifica a posição do STF, de que não pode reduzir carga horária sem reduzir salários.
Enquadramento por formação para funcionários administrativos - há uma análise na Procuradoria Geral do Estado (PGE) dos casos que têm a ver com a área em que atuam.
Sobre 1 matrícula por escola – 93% dos professores da rede estadual já trabalham em apenas uma escola. Há algumas
variáveis, porém, que são essenciais para que essa regra seja
estabelecida. Uma delas é que os professores deveriam se comprometer a
esgotar toda a carga horária da matrícula na escola, ou seja, a lotação e
a carga horária passariam a ser definidas pela unidade escolar/Seeduc,
resultando em mudança na lotação prioritária. A Secretaria propôs que
essa solução seja discutida com toda a categoria, pois beneficiaria uns e
causaria transtornos para outros, já que 80% dos docentes têm carga
horária de 16 horas semanais.
Enquadramento por formação dos servidores administrativos – A Seeduc assumiu
um compromisso com a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) de realizar
um Censo para a identificação funcional desses profissionais. De acordo
com esse levantamento, realizado pela Secretaria de Estado de
Planejamento (Seplag), dos 11.205 servidores de apoio, apenas 739 têm
nível superior (7%).
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