Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Camelódromo Rio

Operação no Camelódromo: país amarga prejuízo de R$ 120 bi com pirataria

Termina nesta sexta-feira, dia 10, a operação realizada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) no Mercado Popular da Uruguaiana (Camelódromo), no Centro. Destinada a cumprir um mandado de busca de apreensão de produtos ilegais, a operação de recolhimento de artigos piratas descortina um prejuízo que atinge empresas e comerciantes: no Brasil, cerca de US$ 40 bilhões (R$ 130 bilhões) deixam de ser arrecadados tributariamente. Nesse montante, também está calculada a perda de faturamento das indústrias legalmente estabelecidas. Os dados são da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF). Em todo o país, cerca de 1.200 operações foram realizadas em conjunto com a Polícia Civil entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015. Os produtos campeões de pirataria são cigarros, charutos, artigos de luxo e roupas.
O mandado de busca e apreensão foi expedido pela juíza Maria da Penha Nobre Mauro, titular da 5ª Vara Empresarial da Capital, e tem como objetivo recolher produtos falsificados da marca Adidas, autora da ação. Foram designados 22 oficiais de Justiça da Central de Mandados Cível do TJRJ, além de policiais civis, peritos e a guarda municipal. A ação começou nesta terça-feira, dia 7.
Segundo a coordenadora da Central de Mandados Cível do TJRJ, Moana Marques Linhares, como existem mais de mil boxes no camelódromo da Uruguaiana, a polícia se infiltrou no local meses antes da operação com o objetivo de identificar quais deles vendiam produtos falsificados. Com isso, a margem de busca foi reduzida para cerca de 300 boxes. Ainda de acordo com Moana, a operação, com duração de quatro dias, transcorre sem tumultos ou incidentes.
No Rio, foram realizadas cerca de 35 operações de combate à pirataria nos últimos 12 meses, principalmente na capital e na Baixada Fluminense, segundo informações da ABCF. As ações, desenvolvidas em parceria com a Polícia Civil, a Receita Federal e a Polícia Federal, tiveram como alvo principalmente a venda de cigarros ilegais.
Dados da Associação Brasileira de Combate à Falsificação mostram ainda que o estado do Rio representa atualmente o quarto mercado consumidor nacional em relação a produtos contrabandeados, ficando atrás de São Paulo, Paraná e Minas Gerais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário