A cada quatro anos paramos tudo para analisarmos a performance da Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Começamos pelo técnico e sua comissão e nos concentramos nos jogadores. É importante essa participação, que se transforma em um debate democrático nacional, envolvendo das pessoas mais simples em termos de instrução até aos mais letrados. Aqui não pesa a escolaridade, mas a capacidade de entender bem o jogo e apresentar os comentários. Mesmo, quando não se entende, o importante é saber apresentar bem os argumentos. Depois do resultado, principalmente, no caso dos fiascos como o atual é só acrescentar: eu não disse? Eu bem que falei? Alguns vão além disto: o Dunga não quis me ouvir?
E se aproveitássemos o clima da Copa para também analisarmos nossa profissão, nossa carreira, nossos cursos, nossos estudos, sem falar da nossa própria vida?
Mas vamos nos ater aos estudos e na profissão que, sem dúvida, envolvem pontos dos mais importantes de nossa existência.
Será que estamos convocando corretamente nossos jogadores? Temos tido a coragem de dar espaço para os mais criativos ou temos nos arraigados em nossos pré-conceitos, criando nomes especiais para eles, como: espírito de equipe, família, grupo fechado, pessoal disciplinado, etc?
Será que temos sido teimosos ao não darmos espaço para outras opiniões? Será que temos sido auto-suficientes achando que não precisamos estudar mais. Que já sabemos tudo e não temos tempo a perder?
E as nossas táticas são mesmo eficientes ou estão ultrapassadas?
E o nosso estado psicológico? E o nosso excesso de estresse? E a nossa deseducação? E a nossa desatenção para com o próximo? E a nossa revisão médica essencial? E o nosso estado físico primordial?
Estamos preparados para enfrentar o novo, ou somos dos que antes mesmo da disputa arranjamos desculpas para a derrota que se prenuncia?
Somos dos que culpam o barulho das vuvuzelas, a comida inadequada, o clima hostil, o gramado escorregadio?
Na nossa Copa pessoal, a culpa é da jabulani ou de nós mesmos?
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