Aulas práticas para desmistificar as disciplinas
Basta
o professor de Química, Jackson Machado, do Colégio Estadual Júlia
Kubitschek, adicionar um pouco de hidróxido de sódio à água em um tubo
de ensaio para que os alunos entendam o que é uma reação exotérmica, ou
seja, que libera calor. Assim como nessa unidade escolar localizada no
Centro do Rio, no Ciep 513 - George Savalla Gomes – Palhaço Carequinha,
em São Gonçalo, o docente de Física, Douglas de Melo, também recorre a
experimentos para mostrar, na prática, o que os livros didáticos
apresentam, muitas vezes, apenas através de fórmulas. Vale tudo quando o
assunto livrar essas disciplinas do estigma de “vilã” de alguns
estudantes.
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Procuro mostrar que o professor não é o ‘dono da razão’. Tenho
consciência de que não estou ensinando Química para químicos, mas para
alunos. Por isso, tento desmistificar a ciência para que os estudantes
possam interagir melhor com a disciplina – explicou Jackson.
Aos
16 anos, Isabella Barboza diz que achava a Química um pouco entediante,
mas, com a chegada do professor Jackson à unidade escolar, a história
começou a mudar de figura.
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Com esses experimentos que fazemos no laboratório, fica muito mais
fácil entender e memorizar a matéria. Quando há prova, não existe
‘decoreba’, pois acabamos lembrando do que foi dito em sala de aula –
disse Isabella.
O
professor Jackson, que dedica cerca de 15 anos ao magistério, começou a
lecionar na unidade no começo de 2014 e já colhe os frutos do trabalho
que tem desenvolvido por lá.
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De um modo geral, sei que os alunos costumam não gostar de Química, mas
tento motivá-los, mostrando o lado lúdico da matéria e contextualizando
o máximo possível. Procuro sempre propor aulas dinâmicas, com jogos,
debates, experimentos – destacou.
O
docente Douglas de Melo segue a mesma linha de raciocínio do Jackson.
Ao observar que alguns alunos não acompanhavam o processo de
ensino-aprendizagem, resolveu desenvolver o jogo “Túmulos Físicos”, uma
atividade lúdica que resultou na melhor fixação dos conteúdos propostos
e, consequentemente, no aumento da média dos estudantes.
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Com esse trabalho, meu objetivo é desenvolver nos alunos os conceitos
de Física, melhorar o manejo matemático que envolve operações
monetárias, aumentar a cooperação entre os grupos participantes e
melhorar a relação deles com a disciplina de Física. Todos esses
objetivos estão relacionados com o Projeto Político Pedagógico –
destacou.
Para o aluno Wesley Ferreira, de 19 anos, iniciativas como essa facilitam a aprendizagem.
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O professor tem que cativar, mostrando novidades. Nunca gostei muito de
Física, mas, depois dos jogos e dos experimentos, passei a entender
muitos conteúdos – disse.
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