Festival revela jovens talentos da rede estadual de ensino
Estudantes encenam Rei Leão, conquistam o 2º Lugar na XII FIT Notre Dame e recebem prêmios das mãos de Nicette Bruno
O
grupo teatral do Colégio Estadual Eunice Weaver, de Jacarepaguá, Zona
Oeste do Rio, participou do XII FIT - Festival Intercolegial de Teatro
do Colégio Notre Dame, em Ipanema, Zona Sul do Rio. Os jovens estudantes
da rede estadual encenaram o musical Rei Leão, um dos maiores sucessos
da história da Broadway.
Os
cerca de 30 alunos conquistaram o 2º lugar como melhor peça e os
prêmios de melhor ator principal para Eduardo Cavalcanti e de
ator-coadjuvante para Vinícius Garcia. Ainda foram premiados como a
melhor trilha musical do Festival.
A
homenageada dessa edição foi a atriz Nicette Bruno, que participou da
premiação. Na plateia, o secretário de Estado de Educação, Wilson
Risolia, prestigiou a apresentação.
O grupo teatral Estado Tipo Assim foi criado há sete anos e, sob a direção do professor de Arte Leopoldo Rodrigues. Eles já encenaram várias peças como Capitães de Areia, Auto da Compadecida, A Família Adams e Mudança de Hábito, entre outras.
A
pré-estreia aconteceu em setembro, no auditório da sede da Seeduc, no
Santo Cristo, com a presença de servidores e convidados, abrindo a
temporada com encenações em vários espaços, como no Teatro dos Grandes
Atores, na Barra. Em O Rei Leão, os alunos sugeriram adaptações. Nessa
versão, entraram mais elementos da dança e música africanas como
maculelê e capoeira, além de sapateado.
Bem
estruturado, os atores contam com uma produção que inclui figurinistas,
coreógrafo, preparador de elenco e maquiador. Todos são alunos,
ex-alunos ou colaboradores da comunidade escolar, alguns já se
profissionalizando em suas áreas.
Talentosos, em um trabalho que provoca risos e emociona, eles ganham força nas trapalhadas de Timão e Pumba – Reinaldo Machado e Vinícius Garcia -, na atuação vigorosa do vingativo Scar – Eduardo Cavalcanti – e no canto afinado do babuíno Rafiki – Camila Ellen.
O
diretor da unidade escolar José Guilherme de Miranda Mendonça conta que
a participação no curso de teatro está vinculada ao bom desempenho no
aprendizado e na participação nas avaliações, como no Saerjinho e Saerj.
– O interesse pelos estudos e o bom comportamento são exigidos para fazer parte do grupo.
Alguns
integrantes são ex-alunos que já atuam profissionalmente na produção de
espetáculos. Caso de Mariana Meirelles que está terminando o curso de
Artes Cênicas e Indumentária na Escola de Belas Artes da UFRJ.
–
Eu sempre me interessei por moda, mas enquanto estava no colégio não
participava do grupo teatral. Já na UFRJ, voltei a encontrar alguns
colegas de lá. Eles precisavam de uma figurinista e eu acabei aceitando o
convite para integrar a equipe. Hoje, e por causa do grupo, sou
apaixonada por teatro.
Ela fala dos benefícios para os estudantes que participam de um projeto como esse.
–
O teatro ajuda as pessoas a se conhecerem melhor. Estamos “começando a
vida” e eu acho importante ter contato com outras realidades.
As
colegas compartilham a mesma opinião. Como a estudante da 2ª série,
Ethiene Silva, que vai cursar Arquitetura. Ela acha que o teatro
oferece a oportunidade de aprender a lidar com as pessoas e também de se
conhecer melhor.
–
Aprendemos a interagir, a falar mais livremente sobre o que sentimos.
Eu sempre li muito, mas, agora, tenho que ler mais para conhecer melhor
histórias e personagens. Isso ajuda muito nos estudos.
A
aluna Camila Ellen, que faz o Rafiki, também vê na interpretação e no
canto um caminho para novas atitudes e mudanças significativas que
ajudam nos estudos e na vida profissional.
–
Atuar traz desenvoltura, nos ajuda a falar melhor, a perder a inibição e
a ter mais concentração. E também traz mais responsabilidade: é preciso
assiduidade e pontualidade para trabalhar em grupo, finaliza a
estudante que quer se profissionalizar nas áreas de canto e dança.
Os
jovens atores já receberam novos convites e estudam a possibilidade de
novas apresentações ainda esse ano no circuito teatral fluminense.
Fotos:
Divulgação / Nicete Bruno premia Eduardo Cavalcanti / o Grupo / Apresentação no Festival
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