Por Marcela Baggini, do Serviço de Comunicação Social da Prefeitura do Campus USP de Ribeirão Preto
imprensa.rp@usp.br
Pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
(EERP) da USP mostra que ligar para pessoas que possuem diabetes e
passar orientações sobre a doença auxilia no controle do problema. O
estudo contou com 63 participantes de Ribeirão Preto, que foram
divididos em dois grupos.
“Nós ligamos para 36 pacientes e, para o restante, enviamos cartas
com os resultados dos exames”, conta a enfermeira Tânia Alves Canata
Becker, autora do estudo. Ela aponta que os resultados dos telefonemas
foram mais significativos. “Foram 16 ligações em 4 meses. Nelas,
explicamos o que é o diabetes mellitus, o tratamento medicamentoso, a
importância da atividade física e do planejamento alimentar.”
A pesquisa foi resultado da tese de doutorado O uso do suporte
telefônico no controle metabólico de pessoas com diabetes mellitus no
Distrito Oeste de Saúde do município de Ribeirão Preto-SP orientada pela professora Carla Regina de Souza Teixeira e defendida em agosto de 2014.
O diabetes
Dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF) revelam que a
cada 10 segundos, uma pessoa morre devido a causas relacionas ao
diabetes. Atualmente, existem 250 milhões de pessoas com a doença no
mundo. Em uma estimativa feita pela IDF, o número chegará em 380 milhões
em 2025.
Cerca de 80% dos casos de diabetes tipo 2 poderia ser evitado com
atividades físicas e novos hábitos alimentares. Mesmo depois de adquirir
a doença, a maioria dos diabéticos não pratica o autocuidado
recomendado pelos profissionais da saúde. Essa é a conclusão de outro
estudo realizado na EERP: Maioria dos diabéticos está acima do peso.
A escola também divulgou outros estudos sobre o diabetes, que apontaram que as mulheres aderem melhor ao tratamento medicamentoso e que as leis trabalhistas não atendem as necessidades profissionais dos diabéticos.
Foto: Marcos Santos / USP Imagens
Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
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