Finalista do Prêmio Juíza Patrícia Acioli
Reconhecer
a luta em prol da dignidade humana e prestigiar aqueles que promovem a
cidadania e defendem o direito à vida, à liberdade, à igualdade e à
segurança. Esse é o objetivo do Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos
Humanos, promovido pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio de
Janeiro (Amaerj). E este ano, a oficina Lego realizada no Departamento
Geral de Ações Socioeducativas (Novo Degase) é um dos finalistas da
premiação.
Uma
parceria entre o Degase e o Grupo LEGO deu início, no ano de 2008, a
oficina que trabalha com mais de 20 mil peças na unidade de internação
feminina, o Centro de Socioecudação Professor Antônio Carlos Gomes da
Costa (PACGC). Desde então, a professora Sandra Caldas ministra aulas de
robótica, montagem de maquetes e produção de filmes de animação para
meninas que cumprem medidas socioeducativas.
Segundo
a professora, quando se oferece a estas adolescentes, oportunidade de
trabalhar com filmes de animação e robótica, elas passam a ter acesso a
um mundo até então inimaginável, inatingível em suas vidas simples.
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Quando elas se veem capazes de realizar tais atividades mudam seus
paradigmas, realmente acreditam serem capazes de mudar o rumo de suas
vidas através da educação. Interessam-se em participar das atividades,
de interagir com outras pessoas sem medo de errar. Além do mais, elas
têm a sensação de que “aprendem brincando”. Se sentem felizes em estar
ali, produzindo, afirma Sandra Caldas.
A
oficina Lego é uma das três finalistas na categoria “Práticas
Humanísticas”, cuja temática nesta terceira edição do prêmio é “Educação
e Direitos Humanos: A pessoa em primeiro lugar”. A
solenidade da premiação acontece na próxima segunda-feira, dia 17/11,
no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e terá a presença de
representantes do Judiciário e das mais diversas áreas da sociedade,
além de personalidades artísticas.
A
oficina já ganhou dois prêmios internacionais e alguns nacionais, porém
para a professora, ganhar o Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos
Humanos é especial porque vai de encontro com toda a nossa prática no
dia a dia.
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A cada prêmio que ganhamos, ou até mesmo que escrevemos e não ganhamos,
estamos repensando nosso trabalho, o que podemos melhorar e o que
podemos reaplicar para que as alunas se sintam encorajadas a lutar pelos
seus direitos e possam ver a educação como base desta mudança, declara.
Defensora
dos Direitos Humanos, Patrícia Acioli trabalhou incansavelmente na
contenção da violência policial e sempre teve uma postura combativa
diante da corrupção de agentes públicos. A juíza atuava, desde 1999, na
4ª Vara Criminal de São Gonçalo. Em agosto de 2011, ao retornar do
trabalho para sua casa, em Niterói, Patrícia Acioli teve seu carro
alvejado por motociclistas e morreu imediatamente. De acordo com a
Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, policiais militares foram
responsáveis pelos disparos. Já foram condenados cinco réus.
Serviço:
Evento: Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos
Dia: Nesta segunda-feira, 17/11/2014
Hora: 19 horas
Local: Theatro Municipal, Centro, Rio de Janeiro
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