Dia do Sim do TJ do Rio reunirá 2000 casais
O
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro realiza no domingo, dia 30 de
novembro, a partir das 8h, a maior cerimônia de casamento comunitário
já realizada no estado. Ao todo, 2000 casais confirmarão o “sim” no
Ginásio do Maracanãzinho, na Rua Professor Eurico Rabelo, s/nº, no
Maracanã, Zona Norte do Rio. A expectativa é de que 11 mil pessoas,
entre padrinhos e convidados, compareçam à celebração, que contará
também com a presença de 19 juízes do TJ do Rio.
O
“Dia do Sim”, como está sendo chamado o evento, é um projeto do
Judiciário fluminense, que promove casamentos comunitários gratuitos
através do Departamento de Ações Pró-Sustentabilidade (Deape). À frente
da iniciativa, está a juíza Raquel de Oliveira, idealizadora e
coordenadora do projeto.
Os
noivos receberão as bençãos de um representante da Arquidiocese do Rio
de Janeiro e das Igrejas Evangélicas do Rio. Haverá também um show do
cantor e compositor Dudu Nobre e sorteios de brindes. A fim de facilitar
o transporte dos casais e seus padrinhos, a SuperVia enfeitará um trem
que sairá às 6 horas de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, até o local do
evento.
Segundo
a juíza Raquel de Oliveira, sem estes colaboradores o “Dia do Sim” não
seria possível. “Vários parceiros se mobilizaram com este programa do
Tribunal de Justiça do Rio. É um esforço conjunto de todos, inclusive
dos juízes”, ressaltou.
Entre
os parceiros do projeto estão a Associação dos Magistrados do Estado do
Rio de Janeiro (Amaerj), a Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro (Firjan) e a Associação dos Registradores de Pessoais Naturais do Estado do Rio de Janeiro (Arpen-RJ).
Há oito anos mudando vidas
Os
casamentos comunitários estão na agenda do TJ do Rio há oito anos e
desde então têm beneficiado pessoas com renda familiar igual ou
inferior a R$2.500,00 brutos, residentes do Município do Rio, que já
convivem em união estável e que não têm qualquer impedimento legal.
Para
que o “Dia do Sim” acontecesse, 2000 mil audiências foram realizadas
por 29 juízes, no mês de agosto deste ano. Eles trabalharam,
voluntariamente, aos sábados e domingos, para cumprirem uma pauta de 250
audiências a cada dia. Noivos e suas testemunhas foram ouvidos e, ao
final, os magistrados reconheceram a união estável e determinaram a sua
conversão em casamento. Para isso, salas de aula da Escola da
Magistratura do Estado do Rio (Emerj), também colaboradora do projeto,
se transformaram em salas de audiências.
“Os
casais se sentiram valorizados ao serem recebidos pelos magistrados, na
escola do juiz”, afirmou a juíza Raquel de Oliveira. Ela também disse
que o casamento traz para a vida a dois e para a família todos os
direitos que a lei oferece.
“A
lei diz que a união estável tem seus direitos protegidos, mas por ser
uma situação de fato, é preciso que a união estável seja reconhecida. É
preciso fazer prova da união estável, com comprovante de residência,
testemunhas, e aguardar a sentença do juiz. Para o casado, basta a
certidão de casamento”, explicou a juíza.
A
ocasião será de união e amor, mas ao final da solenidade, além da
certidão de casamento, os casais receberão a cartilha da Comissão
Judiciária de Articulação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher (Cejem), que dá orientações sobre a Lei 11.340/2006,
mais conhecida como Lei Maria da Penha.
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