Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
IRAQUE CALA BRASIL DE MICALE
Garotada a um passo da volta para casa no exterior***Neymaiór novo vexame em Brasília***
Recheada de atletas que atuam no exterior e outros só pensando em vestir camisa de times estrangeiros, a seleção brasileira olímpica deu um novo vexame na noite de domingo, no Mané Garrincha, em Brasília, ao empatar por zero a zero, com a modesta e aguerrida seleção do Iraque, com muitos de seus atletas vivendo o clima de guerra e terror que há anos aflige o país árabe.
Repetindo o desastre da Era Dunga, guindado ao posto de comandante da seleção, o técnico Rogério Micale, mostrou o seu total despreparo para a missão de levar o Brasil para o tão almejado sonho de levar o país a conquista de sua primeira medalha olímpica no futebol masculino.
Micale, cuja maior experiência é a de justamente lidar com a garotada de pouca idade, caiu no velho erro de atribuir ao midiático e eterna promessa Neymar Junior a tarefa de comandar em campo a seleção brasileira, inclusive dando-lhe a braçadeira de capitão do time e o plano tático de todos jogarem em função do "reizinho" inoperante. Além disso, o craque do Barcelona foi premiado com férias de 42 dias, como se fosse o Pelé ou o bamba do regimento.
Os iraquianos, apesar das dificuldades do país, fizeram o óbvio: montaram uma seleção quase permanente que joga junto há 4 anos. Seus atletas são limitados tecnicamente, mas superam as dificuldades com um bom conjunto e muita garra em vestir a camisa de seu país.
Já a seleção brasileira é recheada de falsos craques, inflados pela pretensão de se acharem os melhores do mundo e acreditando que, espelhados em seu capitão Neymar, possam resolver qualquer parada com simples habilidade futebolística. A dupla de Gabriel: o Gabigol que se transformou em um simples Gabriel Barbosa e o Gabriel Jesus, que segue a linha do capitão de dar piti em campo e perder gols embaixo da baliza, foi na maioria das jogadas vencidas pelos aguerridos e vibrantes iraquianos.
Enquanto o Iraque contou com um goleiro ousado e vibrante (sacudindo a torcida com os gritos de zica em seus tiros de meta), o Brasil levou a campo Ewerton, um goleiro nervoso no gol brasileiro. Micale realizou a façanha de colocar Zeca na lateral-direito, embora durante todo o tempo venha se destacando no Santos como lateral-esquerdo. Como ocorreu na primeira partida, com a casa indo abaixo passou Zeca para a esquerda, achando que com a mágica a seleção conseguiria render mais.
Na cota dos veteranos, Micale colocou na equipe Renato Augusto (tristemente vaiado pela torcida), com um futebol no ritmo chinês e em visível inoperância técnica e tática, chegando ao ser deslocado do meio de campo para o lugar de centroavante a perder um gol debaixo da baliza.
Neymar Junior, como ocorria na Era Dunga, se colocou como dono da bola, cobrando sem sucesso todas as faltas e até os escanteios, no qual acertou apenas um lance, quase fazendo um gol olímpico. Contudo, muito pouco do que se esperava do bamba do regimento.
Agora, com o barco à deriva, sobre o comando de um técnico limitado e de um capitão deslumbrado e fora de forma, o Brasil vai enfrentar o Canadá, tentando dar a volta por cima ou longe do ouro afundar de vez. (MAURICIO FIGUEIREDO - www.ardbola.blogspot.com.br)
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