Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Mãe Terra

É o momento de escolher entre colapso e estabilidade
· Já foram consumidos os recursos anuais da Terra
Cada vez antes: por exatidão cinco dias em relação ao ano passado. De facto, hoje a humanidade esgotará os recursos que a natureza põe à disposição para o ano inteiro. Trata-se do dia da sobrecarga da Terra (Earth Overshoot Day): tudo o que for consumido a partir de amanhã superará os recursos que o planeta pode regenerar.
O Global Footprint Network calcula esta corrida irreprimível, medindo todos os anos o consumo de recursos disponíveis, frisando que a data limite em 2000 coincidia com o fim do mês de setembro. De facto, é a certificação de que emitimos mais dióxido de carbono na atmosfera do que os oceanos e as florestas são capazes de absorver e depredamos as regiões de pesca e as florestas mais rapidamente do que se podem reconstituir. As emissões de dióxido de carbono constituem o componente da sobrecarga ecológica que está a aumentar com mais rapidez: a marca devida ao dióxido de carbono (carbon footprint) gera 60 por cento da demanda de recursos naturais por parte da humanidade (pegada ecológica).
A fim de respeitar os objetivos do acordo de Paris adotado por quase 200 países em dezembro de 2015, a pegada das emissões de dióxido de carbono deverá diminuir gradualmente até quase a zero até 2050. O que requer um novo modo de viver, comprometido, mas não irrealizável, segundo Mathis Wackernagel, co-fundador e Ceo de Global Footprint Network. «A boa notícia – observa – é que tudo isto é atuável com as tecnologias disponíveis e é economicamente vantajoso dado que os benefícios totais são superiores aos custos. O único recurso do qual temos mais necessidade é a vontade política».
Ambiente

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