Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Queda de Dilma mostra fragilidade da democracia à brasileira
Quando a ditadura militar agonizou, o mago ideológico dos últimos anos do regime, general Golberi do Couto e Silva, idealizou uma abertura política com as portas abertas para todos, diante da concepção de que a chamada esquerda brasileira acabaria se esfacelando na briga a qualquer custo pelo poder. O livro Geopolítica do Brasil do general mostra claramente o caminho a ser desenvolvido com o objetivo de afastar de vez o fantasma do comunismo, que, também, internacionalmente, viria a desmoronar com a Queda do Muro de Berlim, em 1989.
A esquerda unida no Movimento Democrático Brasileiro (MDB) cedeu lugar a uma montoeira de partidos, muitos dos quais figurando no jogo político apenas como agremiações de aluguéis, mas com a possibilidade de amealhar nas tetas do governo sempre alguma boa boca para seus seguidores.
Governar no Brasil passou a ser sinônimo de conciliação a qualquer preço e a qualquer custo. Sem maioria parlamentar não há como se sustentar. Por isso, o Brasil possui um dos maiores quadros de vagas de confiança na administração pública direta e indireta. Temos mais de 30 partidos, a maioria desconhecida do grande eleitorado e na mesma linha mais de 30 ministérios e fora outros penduricalhos ineficientes como a maior parte das agências reguladoras.
Esse é o país do toma lá dá cá.
O surgimento de uma democracia forte, com partidos com perfis ideológicos definidos é algo impensável na frágil democracia brasileira, na qual, ampliando a visão de Tim Maia, comunista reza missa e pastor acende vela para São Marx e São Lenine. (Mauricio Figueiredo)
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