Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

domingo, 21 de agosto de 2016

Pra frente Brasil

Noventa milhões em ação, pra frente Brasil do meu coração. [...] De repente é aquela corrente pra frente parece que todo o Brasil deu a mão. Todos unidos na mesma emoção, tudo é um só coração. Todos juntos vamos, pra frente Brasil, salve a seleção.


Na Copa de 1970, em pleno vigor da ditadura, em um concurso de marchinhas para incentivar os jogadores e torcedores brasileiros, Miguel Gustavo aproveitando uma canção do compositor e trombonista Raul de Souza criou o Pra Frente Brasil que foi tocada exaustivamente em todo o país.
Para azar do compositor, a canção, no entanto, ficou com o estigma de hino do ufanismo do período Médici (30 de outubro de 1969 a 15 de março de 1974), quando o regime militar chegou ao auge da censura em todos os graus e da prática da tortura em seus porões.
Com o processo de democratização, a marchinha acabou sendo levada ao ostracismo, sendo parodiada em tom de crítica no filme com igual nome Pra Frente Brasil, de 1982, de Roberto Farias. 
Misturar política com esportes não resulta em um bom casamento. (Mauricio Figueiredo)

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