Quem teve oportunidade de conhecer Andrade e vê-lo jogar em um dos maiores meio-campo do Flamengo, ao lado de Adílio e um tal de Zico, sabe que a sua fama de craque veio da simplicidade que dava às jogadas. Nenhuma firula desnecessária, nem um toque a mais na bola para aparecer aos olhos da plateia em detrimento da equipe. Um atleta com grande visão de jogo e espírito de equipe.
Apesar de ser o volante do time, conseguia realizar lançamentos de grande precisão, embora se destacasse na marcação.
Uma de suas grandes qualidades, em um mundo marcado pelo vedetismo e o marketing que transforma pernas de pau em craques, era a humildade. Da mesma forma que jogou no exterior na Roma, transferindo-se depois de 10 anos seguidos no Flamengo, em 1988, já no fim da carreira passou por várias equipes pequenas do futebol brasileiro, descalçando as chuteiras no Bangu.
Em prosseguimento à sua vida profissional, Andrade também foi vitorioso como técnico, dando ao Flamengo em 1989 o título de campeão Brasileiro e eleito pela CBF como o melhor técnico da competição. Mas, estranhamente acabou demitido, em virtude das brigas internas do clube.
Para Andrade, o silêncio é ouro. Ele considera importante transmitir aos atletas e isso vale também para diversas áreas da sociedade, cheias de falastrões, o que julga essencial. Como no futebol Jorge Luís Andrade sabe que na vida, o que conta, efetivamente, é fazer a jogada certa. (Mauricio Figueiredo - Fraternidade Rubro-Negra)
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