Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Complexo da Maré

Moradores da Maré são atendidos pelo Justiça Itinerante
Paulo César Vitorino perdeu a certidão de nascimento há quatro meses. Almir Soares perdeu o documento de identidade, o que o impediu de conseguir um emprego. Analu Nascimento busca oficializar a relação de 12 anos com o companheiro Gleison de Jesus. Os três são moradores do Complexo da Maré e foram beneficiados na quarta-feira, dia 4, pelos serviços do programa Justiça Itinerante, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
O atendimento foi realizado na sede do Centro de Preparação dos Oficiais da Reserva (CPOR). “É uma oportunidade do Tribunal estar em contato direto com a população, regularizando a situação das pessoas”, disse o juiz André Souza Brito. “Nós fizemos 12 ações anteriores aqui na Maré e atendemos cerca de dez mil pessoas. Ficamos surpresos, pois muitas não possuíam a certidão de nascimento. Quem não tem certidão não existe perante o Estado. O programa tem esse objetivo claro: facilitar o acesso à Justiça e, consequentemente, aos direitos”, acrescenta o servidor José Manoel de Souza e Silva.
Por isso, a moradora Analu Nascimento aproveitou a oportunidade para se cadastrar para a audiência de conversão de união estável em casamento, que será realizada no dia 18 de novembro. “Infelizmente, eu não tinha condições financeiras de me casar. Essa iniciativa é maravilhosa. Poderei ter acesso a diversos direitos, além de realizar um sonho antigo”, disse.
O programa é coordenado pela Divisão de Justiça Itinerante e acesso à Justiça (DIJUI), ligada ao Departamento de Instrução Processual (DEINP) da Diretoria Geral de Apoio aos Órgãos Jurisdicionais (DGJUR). Além de magistrados e servidores, membros do Ministério Público e da Defensoria Pública também auxiliam na iniciativa.
O próximo atendimento do Justiça Itinerante no Complexo da Maré será no dia 18 de novembro, a partir das 9h.

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