O ex-ministro da Cultura do governo Lula, Gilberto Gil, tem uma composição feita especialmente para o também músico e compositor Jards Macalé intitulada “A Morte”. Neste tempo de comoção nacional, no qual o desastre com o Airbus A330 da Air France, tomou conta do noticiário das rádios e televisão, bem como dos jornais, a composição de Gil é bastante oportuna, pois, trata de maneira especial da própria fragilidade da vida humana.
Ela serve de reflexão, sobretudo, quando passamos dos limites e levamos ao extremo o nosso egoísmo, a nossa indiferença com as dores do próximo, com as dores do mundo, com o massacre da Mãe Terra, com o extermínio dos jovens pobres.
A vida que deveria ser um processo contínuo de aperfeiçoamento do ser humano, de melhoria da sociedade, da preocupação constante com os menos favorecidos, por vezes, é transformada no reino da ganância, da inveja, da corrupção e do jogo político barato, com a dilapidação do bem público e o trabalho traidor do lesa-pátria instituído por muitos políticos em uma contribuição permanente para o enfraquecimento da democracia.
E é nesse momento, quando surge “A Morte” ou coisa parecida, conforme acentua o poeta Belchior, que muitos deveriar refletir melhor sobre o verdadeiro sentido da vida. A poesia de Gil, nesse aspecto, diz muito sobre o assunto. Ei-la:
“A Morte É Rainha Que Reina Sozinha Não Precisa Do Nosso Chamado Pra Chegar Ociosas Oh Sim As Rainhas Estão Quase Sempre Prontas Ao Chamado Dos Súditos Súbito Colapso Pode Ser A Forma Da Morte Chegar Não Precisa De Muito Cuidado Ela Mesma Se Cuida É Rainha Que Reina Sozinha Não Precisa Do Nosso Chamado Medo Pra Chegar.”
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