Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Professores protestam em Copacabana

Em ato público realizado na Praia de Copacabana, a UPPE-Sindicato, conclamou a população do estado a participar com a entidade da luta pela defesa da escola pública, a partir da valorização salarial do magistério.
A presidente da UPPES, Teresinha Machado da Silva, afirmou que “os vergonhosos resultados do Estado do Rio, nas últimas avaliações realizadas pelo Ministério da Educação, exigem, de imediato, a reação de toda a população. É inaceitável que, como segunda maior economia do país, fiquemos em penúltimo lugar no ranking educacional, só ganhando do Estado do Piauí”.
Segundo a presidente da UPPES, o governo estadual não cumpriu as promessas de recuperação das perdas salariais do magistério publico e, por isso, o piso atual da categoria é de R$ 610,38. “Há grande relação entre salários e desempenho profissional.
Apesar deles serem extremamente baixos, os professores se esforçam ao máximo, mas, para sobreviver são obrigados a acumular outras funções, na tentativa de melhorar um pouco seus rendimentos”, explicou.
A presidente da UPPES frisou que “o professor precisa de tempo para preparação de uma boa aula, para correção dos deveres de casa dos alunos e de trabalhar com um número adequado de estudantes, a fim de que possa dar uma atenção quase individualizada a cada um.Só assim teremos condições de melhorar o nível dos alunos”.
Ela afirmou que o magistério é uma categoria adoecida, pois devido aos baixos salários, o professor vive em situação de estresse constante. “Muitos acumulam dívidas e têm seus rendimentos comprometidos com empréstimos. Por mais preparado que seja o professor, esses fatores acabam afetando o seu rendimento”, assinalou.

Manifestação – Apesar do tempo nublado e ressaca no mar de Copacabana, o ato dos professores estaduais chamou a atenção de muitas pessoas, pois eles compareceram com dezenas de guarda-chuvas, especialmente confeccionados para o ato público, como forma de chamar a atenção de todos.
A justificativa foi a de que a “Educação é a nossa maior proteção”, fazendo alusão de que tanto o Brasil, como o Estado do Rio, só alcançarão um desenvolvimento pleno, quando houver o resgate por parte dos governantes com a imensa população brasileira que não possui o devido nível cultural e educacional.
A presidente da UPPES afirmou que “nossos baixos índices educacionais comprometem não apenas o crescimento da democracia no país, pois as eleições acabam favorecendo os políticos populistas e a prática da corrupção, mas a própria economia. E acrescentou que a UPPES vai continuar lutando em defesa do professor, “Continuaremos lutando, pois a educação, sem dúvida nenhuma, é a nossa maior proteção”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário