Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Baila, como se baila na tribo



O futebol brasileiro que maravilhou o mundo, a partir de nossa primeira grande conquista, o mundial da Suécia, em 1958, sempre se caracterizou pela dança, pelo gingado e mesmo balé de seus jogadores, sendo conhecido como o futebol arte.
Essa forma de jogar deu origem a uma das muitas escolas do futebol. Há um jeito italiano de jogar bola, outro inglês ou alemão. Todos eles levam em conta características físicas e culturais de seus atletas. Isso está mudando devido a política de “nacionalização” de jogadores. Por isso, vemos o brasileiro Cacau, como um desbravador, no comando de ataque alemão.
Nossos jogadores também sofrem influências de outras escolas, pois muito jovens vão jogar no exterior. Contudo, o estilo de jogar bola brasileiro é o grande patrimônio a ser mantido na hora de se forma uma seleção.
A saída dos “guerreiros” do Dunga, dando lugar aos “bailarinos” do Mano Menezes, mostra, claramente, o tempo perdido ao se dar voz a um técnico inexperiente, cheio de boas intenções como as daquele lugarejo chamado inferno que ainda não foi transformado em favela-bairro e nem teve UPP instalada.
E bastaram, apenas 20 minutos de treinamento e muita conversa entre Mano Menezes e seus jovens craques, para que o Brasil recuperasse o seu velho e consagrado estilo, fazendo uma exibição de gala contra os Estados Unidos. Em 20 minutos conseguimos fazer o que os guerreiros de Dunga, com 2 mil horas de treinos secretos, arrogância e maus tratos à jabulani nos levaram ao fracasso na África do Sul. Boas vindas para Ganso, Pato, Neymar e companhia. “Baila, como se baila na tribo”, como diz a Rita.


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