Revi o vídeo completo do Brasil e Itália da Copa de 70.
Nos bate papos de botequim e das redações de jornais sempre afirmei que a seleção de 58 é a maior de todos os tempos, embora nunca tivesse visto jogar pessoalmente (apenas via o jogo nas transmissões de Valdir Amaral - é como se estivesse à beira do gramado).
Ouvi pelo rádio a decisão de Brasil 5 Suécia 2. Mas, como diz o poeta Candeia: "Cego é quem vê só até aonde a vista alcança".
De 58 restam trechos do jogo decisivo em preto e branco e é o bastante. Um Pelé genial e um Garrincha magistral são recordações felizes da infância.
Mas, voltemos a 70. O jogo editado com os melhores lances é uma coisa. Mostra uma seleção irresistível. Já a partida na íntegra é outra história. O primeiro tempo é morno, terminando empatado em 1 a 1. No segundo, vê-se Pelé, o Rei do Futebol, como um cabeça de bagre, bater duas faltas, jogando a bola na arquibancada. Rivelino também comete os seus deslises, com chutes bisonhos.
Quando você acha que aquela seleção não é de nada, surpreendentemente ela começa a realizar jogadas magistrais, que ficam presas em nossa retina.
Como toda obra de gênios, é uma seleção com face humana. Parece que os erros acumulados durante a partida eram apenas ensio de uma orquestra, que tão logo afinados os instrumentos iria encher o estádio com o som de uma música inebriante.
E o Brasil chega aos 4 a 1 encantando os mexicanos de Jalisco e telespectadores no mundo.
Já 58 não tem filme - pelo menos que eu saiba - da decisão final. Mas quando se reúne Pelé, Garrincha, Didi, Nilton Santos e tantos outros, não é preciso ver pra crer.
É sem dúvida a melhor Seleção de todos os tempos. Quem diz é um menino dentro de mim.
Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
terça-feira, 9 de março de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário