Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quarta-feira, 17 de março de 2010

Rio: a verdadeira passeata

Os políticos brasileiros são useiros e vezeiros em não respeitarem a Constituição. Aqui mesmo no Estado do Rio encontra-se em vigor Lei que detemina o reajuste salarial anual dos servidores públicos todo mês de maio. É uma lei que não pegou. Ou seja, não tem sido interesse dos diversos governos em colocá-la em prática.
O Estado do Rio é a segunda maior ecomomia do país. Isso não impede de possuir serviços públicos - alguns deles terceirizados ou privatizados - de péssima qualidade. O Metrô não funciona e ridiculamente está paralisado em apenas duas linhas, sendo que a Linha 2 destinada ao povão há anos funciona com trens superlotados. Agora, a superlotação espalhou-se para todo o sistema. Os trens urbanos também estão deteriorados. A linha Itaboraí-Niterói não passou de um sonho de uma tarde de verão, sendo abandonada.
A Saúde encontra-se em situação caótica, com falta de material básico nos hospitais superlotados pela massa que não consegue pagar um plano de saúde, na cruel privatização do sistema em uma área prioritária.
A educação pública - o que não é privilégio do atual governo - há tempos que foi transformada em "escolões" para despejo dos filhos dos pobres, havendo algumas ilhas de eficiência graças ao trabalho de alguns diretores e professores.
O Estado do Rio reclama da ameaça da perda de recursos financeiros, mas para grande parcela da população isso nada significa. Como na Roma antiga, está ameaçado apenas o pão e o circo.
Mas, não só de pão vive o homem.
O Estado do Rio, como tantos outros estados, precisa colocar o ser humano como prioridade máxima, acima de trens balas e outros penduricalhos. Essa sim, é a passeata que deveria ser feita.

Um comentário:

  1. Pois é, o governador convocou a população de Itaboraí, mas se esqueceu de que proibiu a circulação da maioria das vans que eram responsáveis pelo deslocamento da população. Poderiamos interpretar como má vontade dos itaboraienses, sua ausência, afinal o que é que custaria para quem se espreme nos ônibus da Rio Ita se apertar um pouco mais para garantir o suado dinheirinho do nosso estado. O que desanima mesmo são os assaltos constantes na rodovia. Mas a empresa de ônibus saiu na frente na hora de tomar providências. Durante a viagem o motorista encosta e meio que deposita o dinheiro, livrando assim a viação de maiores prejuízos. Pena que isso não impeça a violência contra passageiros e motoristas. Mas aqui cada um se vira como pode. Sem passeatas.

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