Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sexta-feira, 20 de março de 2009

A verdade sobre os concursos

O Ministério do Planejamento anunciou um corte no Orçamento Geral da Uniãode R$ 21,6 bilhões para este ano, e decidiu adiar a realização de concursos públicos já autorizados. De acordo com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ainda não há data precisa de quando os concursos serão realizados.

Isso significa que os candidatos aos concursos públicos devem ter cautela em relação
aos exames já anunciados. A verdade sobre os concursos – sem sofisma e falsas
ilusões – é de que tudo dependerá do quadro econômico dos próximos meses. O
governo inclusive fez essa colocação também em relação ao aumento salarial
dos servidores públicos.

Como diz o ditado popular: cautela e caldo de galinha não faz mal a ninguém.

Se você está matriculado em algum curso preparatório e tem condições de continuar
pagando as mensalidades, vá em frente. Todo o estudo antecipado deve ser visto
como um investimento.

Se as suas condições financeiras não são boas, tente negociar com o curso preparatório
um desconto nas mensalidades. Caso contrário é melhorar parar, a fim de que não
acumule dívidas e alimente a falsa esperança de que o concurso sairá a qualquer
momento.


Veja a posição do governo nos concursos



Como destacou a Agência Brasilo, o governo pretende renegociar com os ministérios o número de vagaspara os concursos. O objetivo é economizar R$ 1 bilhão nas despesas com pessoal e encargos sociais. O ministro Paulo Bernardo disse ainda que o corte nos concursos não significa o fim das contratações em 2009. Com isso, há uma esperança de que em áreas prioritárias as admissões possam ocorrer. Resta saber, claramente, quais serão essas áreas: a Polícia Federal? a Polícia Rodoviária Federal? a área da Receita Federal?

O ministro foi taxativo em suas declarações: “ O que faremos é adiar as contratações e também adiar a posse das pessoas já aprovadas.”



*Queda no superávit primário*



O ministro Paulo Bernardo também anunciou uma redução na previsão de superávit
primário de R$ 22, 9 bilhões, mas manteve a meta de 3,8% do PIB para o setor público. O valor é resultado da queda de R$ 48 bilhões na receita total do governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) e de R$ 9,4bilhões nas despesas do Orçamento Geral da União deste ano. Segundo os novos parâmetros, a previsão de crescimento do PIB (ProdutoInterno Bruto, soma dos bens e riquezas produzidos no país) foi reduzida de 3,5% para 2%. Por causa da menor previsão de crescimento menor, o contingenciamento (bloqueio de recursos do orçamento) ficou em R$ 21,6bilhões. Com o PIB menor, o governo pode economizar menos em valores absolutos. A projeção para a inflação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços aoConsumidor Amplo) foi mantida em 4,5% para 2009.

Voltaremos ao assunto, tão logo novos dados concretos apareçam.

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