Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sábado, 26 de março de 2016

Papa Francisco pede um mundo de irmãos


· No Centro de acolhimento de Castelnuovo di Porto o Papa lançou uma mensagem de paz e de integração e recordando os atentados de Bruxelas denunciou os traficantes de armas que alimentam a guerra ·
25 de Março de 2016

Um gesto de guerra, um gesto de fraternidade. Na missa «in Coena Domini» celebrada na tarde de 24 de março, Quinta-feira Santa, entre os refugiados hospedados no Centro de acolhimento de requerentes de asilo (Cara) de Castelnuovo di Porto, o Papa voltou a falar dos recentes atentados de Bruxelas. 

«Um gesto de guerra, de destruição, numa cidade da Europa, de pessoas que não querem viver em paz». Disse com voz severa recordando a traição de Judas por trinta moedas e afirmando que por detrás do massacre na Bélgica «há os fabricantes, os traficantes de armas que querem o sangue, não a paz; que querem a guerra, não a fraternidade».
Um gesto que não condiz com o da última Ceia – gesto repetido por Francisco durante o rito do lava-pés a onze refugiados e uma assistente da estrutura de acolhimento – e que se contrapõe à atitude de serviço e de fraternidade testemunhada por Jesus. «Ele, que era chefe, lava os pés aos outros, aos seus, aos mais pequenos», observou o Pontífice. «Hoje, neste momento, quando eu cumprir o mesmo gesto de Jesus de lavar os pés a vós doze – explicou – todos nós faremos o gesto da fraternidade, e todos nós diremos: “somos diferentes, somos diferentes, temos culturas e religiões diversas, mas somos irmãos e queremos viver em paz”». Eis o apelo aos presentes, convidados a rezar ao Senhor, «cada um na sua língua religiosa», para que a «fraternidade contagie o mundo, para que não haja as trinta moedas para matar o irmão, para que haja sempre fraternidade e bondade».

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