TEATRO MUNICIPAL DE ARARUAMA: O MAUSOLÉU DA CULTURA DA CIDADE - Quando Cícero Imediatus, o menor dos oradores romanos (tinha só 1 metro e meio de altura), apontando o ossudo dedo para a multidão boquiaberta, cuspiu as imortais palavras: "In furicus outrem, pimentoribus refrescate est" (o solo inculto é a oficina do capeta), parecia estar diante do nosso teatro fechado. Escancarar a janela das artes (todas as manifestações culturais que identificam a cidade), para as crianças, é garantir vida eterna aos sonhos. Porque somos feitos de sonhos e de realidades. Alhos e bugalhos. Concreto e abstrato. Queijo e goiabada. Um prefeito que não tem olhos para o futuro - e os sonhos é que alimentam a construção do futuro -, permitindo, com sua inércia, que as portas do nosso único teatro permaneçam fechada, não pode representar o povo de sua cidade. Que voltem a ocupar a praça os nossos artistas e saiam de cena, sob vaias, os políticos sem compromissos e sem graça, Vamos dar para as nossas crianças, em nome das futuras gerações, uma escola de artes onde possam exercitar seus talentos criativos. Se a Educação liberta, a Cultura nos dá asas.
* Carlos Ney é escritor e jornalista
PS: A dica certamente vale para todos os nossos novos prefeitos pelo interior do Brasil e grandes capitais
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