Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Filho de Ivo Pitanguy

Cinco testemunhas depõem em audiência 

Foi realizada na tarde de quarta-feira, dia 27, na 40ª Vara Criminal da Capital, a última audiência de instrução e julgamento do caso envolvendo o filho do médico Ivo Pitanguy. O réu, Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, foi denunciado por homicídio culposo (sem intenção de matar) pelo atropelamento e morte do operário José Fernando Ferreira da Silva na Rua Marquês de São Vicente, na Gávea, Zona Sul, em março de 2015. Três testemunhas de acusação e duas arroladas pela defesa do acusado prestaram depoimento. A audiência foi presidida pela juíza Alessandra de Araújo Bilac Moreira Pinto.
Um taxista que passava pelo local no momento do acidente e dois bombeiros militares que foram acionados para o socorro das vítimas afirmaram que o motorista do veículo apresentava sinais de embriaguez e, pelas características do impacto, trafegava em alta velocidade quando derrapou em uma curva e bateu em um poste, atropelando o operário que caminhava na calçada. Os três também disseram que o motorista não demonstrou preocupação com o estado de saúde da vítima, que teve ferimentos graves na perna. Já o motorista sofreu um corte na cabeça. Chovia no momento do acidente. Segundo as testemunhas, havia um radar eletrônico com velocidade máxima de 40km/h a cerca de 600 metros do local do atropelamento.
Em seguida, um perito criminal, contratado pela família do médico, foi ouvido como testemunha de defesa. Ele examinou o veículo e o local do acidente após o ocorrido para elaborar um parecer técnico particular. O laudo concluiu que a causa do acidente foi aquaplanagem e que não haviam elementos técnicos e científicos, como marcas de frenagem na pista, para determinar a velocidade do carro. O perito afirmou que qualquer carro pesado, como o envolvido no acidente em questão, poderia derrapar na curva com a pista molhada, independente da velocidade. A segunda testemunha de defesa ouvida é amiga da família Pitanguy há mais de 30 anos. Ela disse que nunca viu o filho do médico envolvido em confusões ou embriagado.
O réu pediu dispensa de todas as audiências e do interrogatório, reservando-se o direito de permanecer em silêncio. O processo segue agora para a fase de alegações finais e, depois, será enviado para sentença.
Processo: 0357278-53.2015.8.19.0001

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