Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Eu zombo da crise




Desde que me entendo por gente, a palavra crise sempre rondou o noticiário e a realidade social brasileira, com a situação sendo mais crítica para a camada pobre da sociedade, justamente a mais pobre e que mais carece de benefícios por parte dos governantes.
Há a piada antiga que Deus ao criar o Brasil exagerou na dose, em termos de beleza natural e recursos econômicos e diziam que como resposta o Divino alegava: "mas vai ver o povinho que vou colocar lá",quando atualizado o correto seria "vai ver a classe dominante que colocarei lá".
O próprio Pero Vaz Caminha em sua carta enfatizou ao Rei Dom Manoel que aqui plantando tudo dá e não deixou sequer de falar da beleza nua de nossas índias e no final da missiva - já que ninguém é de ferro - pediu uma "boquinha" para um primo no governo de sua majestade real.
Em 1937, Braguinha e Alberto Ribeiro compôs uma deliciosa marchinha carnavalesca, falando de uma crise e com otimismo mostrando que o Brasil sempre está apto a com a força de seu povo sair delas - independente de lambanças e roubalheiras de governantes e políticos.
O carnaval é a grande festa popular da maioria dos brasileiros, contagiando os grandes e pequenos centros como Rio, Salvador, Recife e Olinda, entre outros. Alegrar-se é uma forma do povo resistir aos males que lhes são causados, mesmo sabendo que tudo terminará em uma tal da quarta-feira.


"Yes, nós temos bananas
Bananas pra dar e vender
Banana menina tem vitamina
Banana engorda e faz crescer
Vai para a França o café, pois é
Para o Japão o algodão, pois não
Pro mundo inteiro, homem ou mulher
Bananas para quem quiser
Mate para o Paraguai, não vai
Ouro do bolso da gente não sai
Somos da crise, se ela vier
Bananas para quem quiser"
Braguinha-Alberto Ribeiro
Ilustração - Carmem Miranda

Nenhum comentário:

Postar um comentário