A avaliação do Enem
O desastre do Enem, que era mais do que previsível devido ao gigantismo do exame, ocorre devido a um erro institucionalizado no Brasil que é o de confundir Avaliação como critério de fiscalização e instrumento de punição às instituições de ensino.
Quando o exame é utilizado como um irmão stalinista dos vestibulares, injetando o sangue da nobreza estatal na seleção dos jovens para o ensino superior, trai os verdadeiros objetivos da avaliação, transformando-se em moeda de troca pela luta de uma vaga.
A prova do Enem com isso ganha status econômicos. O inescrupuloso pai que vive de maracutaias na sociedade brasileira, não mede esforços para conseguir a prova e o gabarito para o seu “fiolo”, como forma de garantir uma vaga em uma universidade pública, que além de gratuita tem a vantagem de oferecer um padrão de ensino mais elevado.
É por isso, que todo salafrário de plantão está disposto – a qualquer custo – a meter a mão grande em um exemplar de prova do Enem. Ela tem uma boa cotação no mercado. Vale ouro.
Ao tirar das universidades públicas e privadas o direito de selecionarem, sem interferências, seus alunos, o Estado stalinizado sai atropelando o processo educacional. A recente lambança é apenas consequência deste ato pouco educacional.
Agora o MEC remarca as provas do Enem para 5 e 6 de dezembro, afetando até mesmo o calendário de concursos públicos como o da Receita Federal e do IBGE.
Os pobres jovens são obrigados a uma maratona de provas de vestibulares, a qual se soma o ENEM, praticamente, obrigatório.
Eis aí o efeito nefasto de uma ação do Estado.
Mauricio Figueiredo
Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
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